Sexta, 19 Abril 2024

Dinheiro na mão é vendaval

É fato que as datas comemorativas fomentam o aumento no consumo, sendo que o Natal, especialmente, desencadeia um efeito psicológico coletivo, considerando a chegada do fim do ano e a expectativa projetada para o novo ano, aliado ao recebimento, por muitos, do 13º salário, além de distribuição de lucros, prêmios... Com a aproximação do Natal, aflora a impulsividade para a realização de sonhos ou para as compensações. Mesmo sem o dinheiro em mãos, os gastos vão sendo realizados com a expectativa do que se receberá, denunciando a impulsividade, e com ela, a falta da utilização do poder da negociação que o dinheiro na mão dá.



As “compensações” nas compras realizadas são geralmente atribuídas aos momentos difíceis vividos durante o ano, por crença de merecer algo novo ou para compensar a ausência.



O dinheiro não deve ser utilizado por emoção, lembrando que ele “reage” da mesma maneira, e o pior, sem aceitar arrependimento. Se há compensação no uso do dinheiro sem planejamento, as chances de arrependimento e perda financeira são grandes. No dia a dia o dinheiro deve pagar o necessário, o planejado e formar reservas para realizar as metas de curto, médio ou longo prazo, sem se esquecer das despesas sazonais que chegam com o início de cada ano novo. Entre os meses de janeiro e março ocorrem várias despesas extras, mas já esperadas, e são para elas que o 13º salário e ou a reserva deve ser direcionada, evitando dificuldade ou descontrole financeiro.



Introjetar o hábito de estimar e lançar as despesas futuras como rematrícula, material escolar e uniformes, IPTU, 13º salário da empregada doméstica, dentre outras, faz parte do processo de educação financeira e é necessário para não dar margem ao descontrole. É possível realizar as metas pessoais e familiares usando o mesmo controle no uso do dinheiro e intensificando a reserva.



São tantas as formas de pagamentos disponíveis que fica difícil resistir às tentações dos gastos excessivos, o que estimula o comportamento de consumo arriscado e favorece o descontrole financeiro. Além do papel moeda, temos os cheques, incluindo a opção do cheque pré-datado, os cartões de crédito, de débito e salário, os vales restaurante e alimentação. Várias formas de se efetivar as compras. Algumas destas funcionam à vista, outras devem ser lançadas como despesas futuras, mas nem sempre o são, gerando descontrole no orçamento e motivando reações como o pagamento de parcela mínima do cartão de crédito e devolução de cheques.



Há também a prática equivocada da incorporação à receita dos limites do cheque especial e do cartão de crédito, além da antecipação do 13º salário, descontando juros, geralmente para pagarem outra dívida.



Uma das medidas adotadas no tratamento ao endividamento é o acordo de evitar o uso do cartão de crédito, as compras desnecessárias e por impulso e adotarem o pagamento das contas em dinheiro, sem contratarem novas dívidas.



O uso do dinheiro tem relação direta com o nosso estado de espírito, com o nosso humor. Representa uma forma concreta de “comprar a felicidade”, ao retribuir ou compensar o que faço e represento para o mundo e para o outro. O uso do dinheiro tem uma relação semelhante ao uso do alimento, no primeiro momento visa saciar e depois vira gula ou endividamento.



Para realizar sonhos é preciso planejamento e disciplina, senão vira frustração e......dívidas.



Dinheiro na mão deve ser solução.

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