As movimentações nacionais, é claro, vão influir no processo eleitoral do próximo ano no Espírito Santo. Não dá para negar o fato de o governador ser do PSB, eleito com o apoio do PT e do PMDB e, que a filiação de Marina Silva ao PSB para fazer parceria com Eduardo Campos pressiona Renato Casagrande.
Ele tem conseguido driblar as dificuldades nacionais, por enquanto. Ao ser cobrado pelo PT sobre a manutenção da postura de neutralidade, Casagrande dá uma demonstração da intenção em manter o projeto, com um discurso diante de um público de duas mil pessoas, reforçando a parceria com o partido.
O PT capixaba também, sem ter construído uma alternativa própria para segurar o palanque de reeleição da presidente Dilma Rousseff, tenta se agarrar ao palanque e Casagrande. Se o PT cobra Casagrande, o PSB nacional também vai cobrar, e o afastamento entre as duas siglas parece ser uma questão de tempo.
Até porque essa decisão não cabe apenas às lideranças locais. Se coubesse, hoje poderia ser Ricardo Ferraço (PMDB). Assim como aconteceu em 2010, quando o PSB nacional retirou sua candidatura presidencial, o PT e o PMDB podem costurar uma aliança compensatória, e aí Casagrande perderá a composição de sua tríade partidária para a disputa à reeleição.
À espreita nesse processo está o PMDB local, que vem trabalhando sua entrada no processo como protagonista. No partido, Casagrande também continua sendo a primeira opção das lideranças do partido, mas se a coisa for fechada por cima, a movimentação terá de ser outra.
Uma coisa é certa. A eleição do próximo ano será totalmente diferente daquela que passou.
Fragmentos:
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1 – Os municípios da Serra e de Pinheiros se somam aos outros que já apresentaram projetos instituindo o Fundo de Desenvolvimento Municipal (FDM) para receber os recursos do “Fundo Cidades”.
2 – A entrada de Capitão Assumção no PRB reforça o bloquinho, que é ambicioso e pode conseguir pegar um bom pedaço das casas legislativas. Sem puxadores de votos, o grupo foge das coligações pesadas e pode se dar bem.
3 – Os deputados estaduais reclamaram tanto da atuação de Luiz Carlos Ciciliotti na Casa Civil e agora rasgam elogios ao ex-titular da pasta. Não dá para entender.