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Duas frentes

O encontro do ex-governador Paulo Hartung com o vice-presidente Michel Temer, cacique do PMDB nacional, traz mais um ingrediente ao já confuso cenário eleitoral que se projeta para 2014. Embalados pelo crescimento da popularidade da presidente Dilma Rousseff, o ex-governador parece trabalhar em duas frentes. Uma nas articulações estaduais e a outra no sentido de dar um xeque-mate nos demais palanques oferecidos ao PT nacional no Espírito Santo.
 
No Estado, o lançamento da candidatura do tucano Guerino Balestrassi, aliado de Hartung ao governo, e as investidas do senador Ricardo Ferraço (PMDB) sugerindo uma entrada na disputa também, desmontam a tentativa de Casagrande em remontar o palanque de unanimidade que deu sustentação a Hartung em seus dois mandatos e elegeu o socialista em 2010.
 
 
Nacionalmente, o cenário contribui para a movimentação de Hartung. Diante da dificuldade de Renato Casagrande em se livrar da pressão sofrida pela candidatura à presidente do governador de Pernambuco Eduardo Campos, o governador capixaba não convence o PT nacional sobre as vantagens de seu palanque “neutro”, como vem prometendo.
 
O PT nacional já conta como irreversível a candidatura de Campos e vem indicando aos diretórios estaduais que lancem candidaturas próprias ao governo em Estados governados pelo PSB, como é o caso do Espírito Santo. Ai entra o papel do PMDB. Como o PT capixaba não se preparou para essa realidade e não teria um nome para a disputa, Hartung oferece uma alternativa para essa lacuna.
 
Além de Casagrande, a aproximação com o PT nacional inibiria também a candidatura de Magno Malta (PR). O senador foi procurado pela cúpula petista no início do processo como solução para a impossibilidade de PT e PSB caminharem juntos no Espírito Santo. Como o PMDB é parceiro preferencial do PT nacional, o partido oferece uma solução para o partido no Estado evitando assim a parceria com Malta, que tem resistências dentro do PT capixaba.
 
A estratégia é boa, mas resta uma dúvida: será que o PT nacional e a própria Dilma vão esquecer o desempenho de Hartung em 2002, 2006 e 2010 em relação à disputa presidencial?
 
 
Fragmentos:
 
1 – O clima está começando a ficar pesado em relação à escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCES). Mas no plenário persiste a ideia de que um deputado será escolhido.
 
2 – Se o Palácio Anchieta estava achando que conseguiu contornar a crise na Assembleia Legislativa, o boicote aos projetos de cargos e salários da Fames e do DER mostrou que não é bem assim.
 
3 – A expectativa da militância do PT cresce com os debates para a presidência do partido entre as três correntes que concorrem ao comando. Essa história de favoritismo de João Coser pode não ser tão consolidada.

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