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E depois, como fica?

A explicação de João Gualberto, coordenador da campanha do candidato a prefeito de Vitória Lelo Coimbra (PMDB), sobre a estratégia de campanha nesta reta final é bem coerente. Eles decidiram voltar a artilharia para o palanque do primeiro colocado na corrida eleitoral, o deputado estadual Amaro Neto (SD). Em terceiro, Lelo precisa de uma arrancada espetacular para tentar superar Luciano Rezende (PPS) e ir para o segundo turno contra Amaro Neto.

Com a saída de Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) da disputa eleitoral, a ideia, confirmada pelas pesquisas, foi de que os votos dele foram distribuídos entre Luciano e Lelo, candidatos com os perfis mais parecidos com o do tucano. A impressão hoje é que no palanque de Luciano essa transferência já chegou no teto e por isso, o peemedebista não tem mais como tirar votos do rival. Quanto aos votos do prefeito mesmo, esses são consolidados, não transferíveis.

Já no palanque de Amaro ainda há alguma vulnerabilidade. Não dos votos do candidato, mas dos eleitores que seguem indecisos, mas podem estar se inclinando para o palanque do candidato. A intenção é interceptar esses votos antes que eles se definam por Amaro Neto. Daí a estratégia de desconstrução do candidato foi posta em prática, com o objetivo de atacar a falta de experiência do adversário. Para essa primeira fase, uma estratégia correta.

Mas ela só alcançará o sucesso completo se Lelo conseguir os votos necessários para superar Luciano e ir para o segundo turno. Se isso não acontecer um outro problema será criado. Embora negue veementemente, não há dúvidas de que Amaro Neto está em um palanque governista. Lelo, embora tenha há uma candidatura, digamos, bastarda, também é aliado de Hartung e a tendência é de que em um segundo turno os dois se unam contra os desafetos do governador Paulo Hartung, Luciano Rezende/Renato Casagrande.

Evidentemente, com cerca de 15% do eleitorado, Lelo Coimbra se tornará o grande eleitor do segundo turno, um apoio de peso que pode definir a eleição para o lado palaciano. Mas como será a união das duas lideranças depois de um tiroteio desses. Entre eles tudo bem. O acordo e fechado na mesa do governador e o apoio acertado sem problemas.  Mas quem vai explicar isso para o eleitor?

Fragmentos:

1 – Sobre a ausência de candidatos nos debates eleitorais, um aviso: o falecido deputado estadual Glauber Coelho quase levou a disputa pela prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim em 2012, perdeu por um detalhe: não pode comparecer ao debate realizado pela rádio CBN naquele ano, deixando o adversário Carlos Casteglione (PT) sozinho para falar sobre suas propostas, atacar as do adversário e explorar a ausência de Coelho no debate.

2 – Os candidatos a prefeito da Serra, Givaldo Vieira (PT) e Gideão Svensson (PR) vêm criticando a polarização entre Audifax Barcelos (Rede) e Sérgio Vidigal (PDT), que já dura mais duas décadas. A população também pensa assim, mas não reconhece neles as alternativas.

3 – Entre os apoios do candidato tucano, em São Mateus, Daniel do Açaí, estão o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves e o ex-prefeito de Vitória João Coser (PT). Há quem diga que Lula também gravaria vídeo em apoio ao candidato.

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