A campanha eleitoral começa nesta terça-feira (16) com uma expectativa de disputas acirradas em toda a Grande Vitória. Para quem gosta de política, seria uma oportunidade ótima de ver grandes embates e disputas sendo travadas nas ruas e nos debates.
Seria, porque as regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), embora tenham tornado a eleição, em tese, mais justa, tiraram também o brilho da disputa. Para quem vai disputar onde não tem TV, então, a coisa é ainda mais complicada. Além da resistência do eleitor com os candidatos, uma campanha de porta em porta pode não trazer o resultado esperado.
Sem os showmícios, sem as propagandas visuais, sem os vereadores no horário eleitoral, com o corte de recursos, que deve, ou deveria, diminuir a contratação de cabos eleitorais, a disputa vai perder um pouco de seu brilho. Os candidatos têm pouco tempo, pouco dinheiro e pouca liberdade para tentar conquistar o coração do eleitor, sem as ferramentas da disputa passada.
É claro que o equilibro na disputa eleitoral sempre foi um desejo da sociedade. Mas as regras muito rígidas, em vez de atrair eleitor, podem acabar afastando ainda mais. A eleição já foi uma festa, com distribuição de brindes, shows, guerra de bandeiras, mas aos poucos tudo isso foi sendo retirado. Agora fica difícil imaginar uma eleição criativa, com tão pouco tempo e tão pouco recurso.
Pode ser um desafio para os marqueteiros, atrair os eleitores em condições tão adversas. Também é difícil acreditar que todo mundo vai seguir as regras estabelecidas, tanto que alguns especialistas falam tanto na expectativa de um aumento assustador da prática de caixa 2.
O fato é que as disputas de antigamente eram mais emocionantes, as festas promovidas pelas equipes de campanha nos bairros movimentavam a população. Os debates, com as torcidas do lado de fora das emissoras, também agitavam a eleição. Este ano, a coisa vai ficar mais justa, porém, mais chata.
Fragmentos:
1 – A classe política da Serra deu uma pausa na disputa eleitoral para acompanhar a delicada situação do prefeito Audifax Barcelos (Rede). Talvez ainda falte um pouco de bom senso por parte dos apoiadores dos candidatos.
2 – De posse da senha do Siafen, o deputado Euclério Sampaio (PDT) está preocupando o pessoal do Palácio Anchieta. Parece que material para subsidiar sua postura oposicionista é que não falta.
3 – A campanha eleitoral começa nesta terça-feira (16) com restrições à propaganda eleitoral. Difícil em um Estado em que a propaganda de 2014 de alguns deputados ainda pode ser observada em paredes dos bairros de periferia.