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Embates à vista

O governador Paulo Hartung (PMDB) apareceu nessa semana na coluna Plenário, de A Tribuna, dizendo que não será candidato à reeleição. Revelação desta natureza, no passado, redirecionaria destinos políticos do Estado. O que não anda mais ocorrendo agora, no seu terceiro mandato, já que os tempos dele mudaram, e para pior.    
Não são mais aqueles em que ele revertia até situações consolidadas, como ocorreu com a reeleição do ex-governador Renato Casagrande (PSB), que caiu nessa mesma esparrela de que ele não seria candidato ao governo. Casagrande acreditou tanto nisso que cedeu postos importantes de seu governo à indicação de Hartung, com os quais ele alimentou os seus propósitos em retomar ao governo, como realmente veio a acontecer. 
O ex-governador atualmente corre atrás do prejuízo, para tentar arrumar um jeito de retornar ao governo em 2018.  Numa busca clara de uma revanche. Por ora, ele esgrima com PH na defesa do legado de seu governo, que o sucessor vive apedrejando. 
Mas o embate com o socialista deixou de ser o único conflito de PH. O movimento social chegou ao ringue e o governador enfrenta fortes críticas do funcionalismo público e de entidades da sociedade civil, o que jogou por terra sua marca eleitoral “Abrace o Paulo”. Para tentar melhorar sua imagem, Hartung emplacou agora a campanha publicitária “AmorEs”, mas ainda sem os resultados esperados.
O que ocorre entre Casagrande e PH é luta de poder, já com o movimento social, a dinâmica é do capital e trabalho. Esse último, então, tem causado prejuízos enormes a Hartung. E a tendência é piorar, caso o governador insista em não discutir com eles suas reivindicações.
Situação que passou inclusive a ameaçar a aliança do governo de PH com o Partido dos Trabalhadores (PT) no Estado. Que só ainda não se desfez, pelas defesas que ainda fazem dela o ex-prefeito de Vitória, João Coser, secretário de Hartung, e do deputado estadual José Carlos Nunes, ex-presidente da CUT no Estado. Se realmente se desfizer, como deseja a base do partido, resultará em enorme prejuízo ao governador. 
No andar da carruagem, esse quadro ainda tende a agregar o movimento dos trabalhadores do campo e dos pequenos proprietários rurais. 
Para quem sempre nadou de braçada, Hartung vai ter que aprender a nadar em maré alta. 

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