quarta-feira, janeiro 22, 2025
27.7 C
Vitória
quarta-feira, janeiro 22, 2025
quarta-feira, janeiro 22, 2025

Leia Também:

Esfriou?

O debate sobre a presidência da Assembleia Legislativa parece ter esfriado, mas só parece. Com a proximidade do início do recesso parlamentar e o esforço concentrado para limpar a pauta, uma prática corriqueira no fim de ano, os deputados conseguiram fazer com que a opinião pública deixasse de lado as conversas sobre a sucessão ou recondução de Theodorico Ferraço (DEM) à frente da Casa, sem falar nas demais acomodações da Mesa Diretora.

Mas se na frente dos holofotes os deputados tentam fazer de conta que o assunto esfriou, nos bastidores, as articulações seguem pegando foco. O grupo que não quer a quarta reeleição de Ferraço não para de crescer, mas é proibido falar em nomes antes do recesso. A definição deve sair só no final de janeiro, o que sugere que os deputados vão passar as férias discutindo isso.

Difícil será encontrar um nome que tenha o perfil desejado pelo grupo, que agrade o governo, defenda os deputados, tenha condições de dar à Assembleia a blindagem necessária, sem isolar o Legislativo  das articulações com os demais poderes do Estado.

Na mesa de negociação, os deputados têm uma preocupação unânime, suas disputas à reeleição ou a outros cargos em 2018. O nome a ser discutido no grupão deverá apresentar propostas que consigam no próximo ano e meio viabilizar os espaços para que os parlamentares possam construir seus palanques Estado afora.

Também devem testar a influência que o Palácio Anchieta vai querer ter no processo. Por mais que os deputados garantam que a escolha não vai ter ingerência, no fim das contas, os deputados acabam compondo com o governo. Os testes iniciais apontam para Gildevan Fernandes (PMDB) e Dary Pagung (PRP) mostrando interesse na disputa.

Pagung, na verdade está de olho mesmo é em uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas, mas Gildevan foi rechaçado de início. Sua identificação palaciana, além das cotoveladas nos colegas por causa da liderança do governo, o colocariam no final da fila.

Sem nenhum nome, com muitas dúvidas e muita coisa em jogo, os deputados vão adotar a cautela nesse processo, para não antecipar nada e não causar qualquer desconforto, que possa desmobilizar o grupão. Se vai dar certo, só fevereiro dirá.

Fragmentos:

1 – Os senadores capixabas parecem não estar muito preocupados com a repercussão de seus atos, ao aprovar o teto dos gastos públicos, que tira dinheiro da saúde e da educação. Foram contra o entendimento da maioria da população, como mostrou uma pesquisa do Datafolha realizada entre os dias 7 e 8 deste mês, que ouviu mais de duas mil pessoas.

2 – A ex-deputada Fátima Pelaes (PMDB/AP), nomeada pelo presidente Temer para a Secretaria de Políticas para as Mulheres, ministrou palestra na Assembleia nesta quinta-feira (15), abordando o empoderamento da mulher no enfrentamento de todas as formas de violência, além de debater ações para a autonomia financeira e a saúde da mulher.

3 – Só uma recomendação ao articulista Roberto Feith, que se desdobra em elogios ao governador Paulo Hartung (PMDB) e ao senador Ricardo Ferraço (PSDB), no Globo desta quinta-feira (15), vai ter que escolher um. Em 2018, o palanque pode não acomodar os dois.

Mais Lidas