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Esticando a corda

No dia em que o governador reúne petistas para a discussão da postura eleitoral no Estado em relação à disputa presidencial, o ainda presidente do PSB capixaba, Macaciel Breda, concede entrevista ao jornal A Tribuna, mostrando que os socialistas esperam o apoio do governador Renato Casagrande ao candidato do partido à Presidência da República, Eduardo Campos, agora vitaminado com o apoio  da ex-senadora Marina Silva.

Casagrande quer adiar essa decisão, até mesmo para a manutenção de sua governabilidade. Se a presidente Dilma Rousseff vier mesmo ao Estado no próximo dia 25, quer posar ao lado dela nas fotos para o início das obras do Contorno do Mestre Álvaro.

O governador, antes do advento Marina, conseguiu com a Nacional adiar o debate para março, mas agora as coisas mudaram e a antecipação da discussão de 2014 é um pesadelo que ronda o Palácio Anchieta. Marina e Campos devem endurecer o discurso contra a presidente e Casagrande, com razão, teme que esse debate prejudique sua relação institucional com o governo federal.

A antecipação da discussão atrapalha não só a governabilidade, mas a estratégia palaciana para 2014, tanto para o PSB quanto para o PT local. Na eleição do próximo ano estão os que engoliram a seco a eleição de Casagrande e tentam corrigir o ponto fora da curva que foi a eleição do socialista. Para o grupo do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), a disputa é uma chance de tomar de volta o Palácio Anchieta e recompor a estratégia de controle do Estado até 2025.

Mesmo eleito no palanque de Hartung, Casagrande não era o nome escolhido. Com as dificuldades externas e internas ocorridas nos últimos quatro anos, poderia ser uma oportunidade de restabelecer o grupo no poder da forma planejada, atacando o palanque socialista com o discurso da excelência.

Casagrande, porém, tem uma estratégia de desaguar os recursos do Estado nas prefeituras, fortalecendo os municípios e captando o apoio das lideranças locais, o que equilibraria o jogo. Mas as discussões nacionais estão atropelando as movimentações palacianas e trazendo risco para a estratégia. Por isso, o governador terá agora que abusar do jogo de cintura para restabelecer a ordem natural das coisas, jogando o debate eleitoral para depois de março.

Fragmentos:

1 – A estratégia montada pelo grupo de Paulo Hartung começa a ganhar forma quando se observa a colocação das peças no tabuleiro. Neivaldo Bragato no DEM e Anselmo Tozi e Paulo Rui Carnelli no PSDB.

2 – Parece o desenho de uma estratégia para fortalecer o grupo em várias frentes, reunindo os aliados em vários partidos. Mas, será que o PT vai aceitar essa?

3 – O PSDB quer ter chapa completa, mas não tem musculatura para isso. De qualquer forma, precisa crescer e convencer para tentar se recolocar no jogo político.

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