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Exemplo do passado

Com a consolidação de sua movimentação para se incluir no debate nacional de 2018, a tendência é de que o governador Paulo Hartung (PMDB) se desincompatibilize do cargo em abril do próximo ano para se dedicar as articulações que o coloquem no posto de vice de algum presidenciável. 
 
Como não preparou sucessor, a expectativa é que deixe seu vice, César Colnago (PSDB) à frente do governo para que o tucano possa se credenciar à disputa ao governo. A coluna já destacou mais de uma vez a capacidade política que Colnago tem e com a caneta na mão, ele passa a ter um campo aberto para se fortalecer e se capitalizar para a disputa ao governo do Estado. 
 
Mas isso não é uma ciência exata. Foi o que percebeu, em 2010, o hoje senador e à época vice-governador Ricardo Ferraço. Tudo estava acertado para Hartung se desincompatibilizar e ele assumir o governo e disputar a eleição, mas isso não aconteceu. 
 
Hartung pode e deve se desincompatibilizar para buscar acomodação, mas isso só vai acontecer se ele conseguir um campo seguro a seguir. Hartung não é dado a aventuras e sempre analisa muito bem o terreno no qual está pisando. Ele tem criado todas as condições para isso, mas a política nacional é tão incerta que não se pode fazer apostas tão altas sem garantias, tampouco com tanta antecedência. 
 
Quanto à sucessão ao Palácio Anchieta, o fato de Hartung não estar encabeçando a chapa, pelo menos por ora, vai inflar os adversários do governo a entrarem na disputa. O que coloca ainda mais pressão nos ombros de Colnago. Ele precisa não só ser candidato, mas ter uma candidatura capaz de vencer os adversários palacianos. 
 
Se não conseguir dar essa certeza para o governador, não há dúvidas que ele vai procurar um nome em condições de garantir a manutenção de seu grupo no poder e aí é que a situação de Colnago pode se complicar. Se ele ficar no governo e não garantir a eleição, pode ser substituído e não poderá disputar outro cargo porque vai ter perdido o prazo de desincompatibilização. É uma situação complicada que precisa ter suas variáveis resolvidas ou o tucano pode se dar mal. 
 
Fragmentos:
 
1 – O deputado Dary Pagung (PRP), presidente da Comissão de Finanças da Assembleia e relator do Orçamento 2018, informou na tarde desta terça (14) que os colegas têm 17 dias para apresentar suas emendas à peça orçamentária. E torcida pergunta pra quê?
 
2 – O prefeito Audifax Barcelos (Rede) vem atirando mesmo para todos os lados. Faz agenda ao lado da senadora Rose de Freitas (PMDB), que não e se afina com o governador Paulo Hartung (PMDB). Faz agenda com o governador Paulo Hartung e faz agenda com o deputado federal Givaldo Vieira (PT), que não poupa críticas ao governo Hartung. 
 
3 – A nova etapa da CPI da Sonegação, segundo seu presidente, o deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), vai continuar na próxima legislatura e as empresas poluidoras que atuam no Estado serão alvos do novo colegiado.

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