Não podemos deixar passar em branco – 8 de março é o Dia Internacional das Mulheres. Nós, marias, responsáveis pela metade da jornada humana sob o sol. A festa é das mulheres que trabalham, mas não se deve discriminar, que trabalhar todo mundo trabalha. Tudo que se faz é trabalho e todo trabalho deve ser contabilizado, mesmo quando não remunerado ou se beneficia apenas a pessoa envolvida.
Sob os auspícios das Nações Unidas, o evento foi criado por grupos sindicalistas socialistas femininos no final dos anos 1800. A primeira comemoração, porém, ocorreu em 1911, e nunca mais parou. A ideia é promover e preservar os direitos femininos na profissão, na política e na sociedade. As cores oficiais do dia são branco, verde, roxo. A cor púrpura foi escolhida porque simboliza justiça e dignidade, valores associados à igualdade feminina.
O tema deste ano é Faça Acontecer, para encorajar ações que ajudem a melhorar a situação das mulheres no mundo. Você também, faça alguma coisa acontecer ao seu redor, nem que seja tirando do armário aquela blusa roxa que não já não usa mais.. Abuse de seu espaço na mídia – um evento no Facebook, um recadinho no Tweet, uma foto no Instagram, uma frase nos seus emails. Participe de eventos na sua comunidade, pinte o mundo de roxo.
Embora tenha provocado controvérsias, o discurso da atriz Patricia Arquette no Oscar desse ano abre um caminho para denunciar as desvantagens sociais e profissionais que afetam as mulheres, mesmo em um país como os Estados Unidos. Embora tenha se referido apenas às mulheres americanas que trabalham, já foi um louvável começo. Não precisamos de muito esforço para visualizar essa situação nos países menos e nos muito-menos desenvolvidos, contra mulheres de todas as cores e credos.
No ensejo dessa data, presto minha homenagem à mulher mais importante da minha vida – Elzira, minha linda e prestativa mãe, sempre exigindo e alcançando a perfeição em tudo que fazia. Certa vez encontrei uma pessoa amiga que não via há anos, e por uma feliz coincidência, ela vestia uma calça feita por minha mãe – “Uso até hoje, tem mais de 30 anos e nunca achei outra que vestisse tão bem”. A única coisa que me surpreendeu nesse fortuito encontro foi a amiga ainda usar o mesmo tamanho de calça.
Das tantas coisas que as mulheres de antanho faziam, as de que me recordo com mais saudades era ver Dona Elzira cuidando das flores do pequeno jardim de nossa casa em Alegre, e criando seus singelos poemas nos cadernos que ia acumulando nas gavetas.
Feliz dia das mulheres, amiga leitora!
