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Férias!

Encerrada a sessão extraordinária realizada na manhã desta quinta-feira (19) para analisar projeto de lei complementar que altera as tabelas de subsídio dos policiais e bombeiros militares, beneficiando cabos e soldados, os deputados estaduais iniciam o recesso e só retomam as atividades parlamentares em 3 de fevereiro.

Junto com o recesso, os deputados encerram também um dos anos mais complicados para a Assembleia Legislativa. A Casa foi palco de muita confusão política, social, dança de cadeiras e embates com o governo do Estado. Um ano desgastante para os deputados e governo, que deixou todos apreensivos em relação à eleição do próximo ano.

O ano começou com cinco mudanças no plenário em função das eleições municipais de outubro de 2012. Com as eleições de Luciano Rezende (PPS), em Vitória; Rodney Miranda (DEM), em Vila Velha; Luciano Pereira (DEM), em Barra de São Francisco; Marcelo Coelho (PDT), em Aracruz e Henrique Vargas (PR), em São Gabriel da Palha, a composição da Assembleia foi alterada no início de 2013 com a entrada de cinco novos suplentes.

Entre os suplentes, a maior preocupação do mercado político foi o com o retorno do polêmico Euclério Sampaio (PDT), que assumiu uma posição crítica ao governo do Estado, que divide o plenário. Para boa parte dos deputados, Euclério pegou “carona” em algumas situações no sentido de aumentar sua visibilidade.

Ainda no início do ano, a Assembleia balançou ao eco da “Operação Derrama”, que colocou o deputado Theodorico Ferraço (DEM), na berlinda. O clima pesou e até mesmo sua trabalhada reeleição à presidência da Casa ficou ameaçada. Passado o susto, graças ao arquivamento da denúncia, ele assumiu o comando da Casa, travando uma queda de braço com o Executivo, que acabou contaminando alguns deputados.

As manifestações de junho e julho atingiram em cheio o Legislativo. A Assembleia ficou ocupado por longos 12 dias. Os deputados mostraram o quanto não estavam preparados para a situação e permanência dos manifestantes na Casa desgastou ainda mais a imagem dos parlamentares. Sobretudo, depois de reuniões com o grupo para discutir a votação de um projeto sobre o pedágio da Terceira Ponte.

Depois veio a polêmica sobre a escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, com uma “maquiagem democrática”, permitindo a participação de pessoas de fora da Casa. A estratégia também não trouxe ganhos para os parlamentares, já que no fim das contas a escolha seguiu o rito tradicional.

No final do ano, a tradição de aprovação de projetos do governo a toque de caixa se repetiu, com muitas negociações de salários de servidores, desagradando as categorias e uma medida de visibilidade, a redução das sessões especiais.

Os deputados vão para o recesso com a certeza de que tiveram um ano difícil e que 2014 será ainda mais complecado. Com a disputa eleitoral, as articulações de bastidores, o grande número de interessados nas vagas e as incertezas sobre os palanques majoritários, os deputados estarão com os nervos à flor da pele e o clima na Casa tende a ficar ainda mais pesado.

Fragmento:

1 – O prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM), escolheu um momento nada apropriado para reajustar as tabelas do IPTU no município. Quem está sofrendo com os efeitos da chuva não deve estar muito tolerante para ouvir a explicação.

2 – O vice-governador Givaldo Vieira não perde um encontro do PT estadual. Quer apoio da militância para sua campanha de deputado federal. Bom, na prestação de contas do deputado estadual Roberto Carlos ele teve de dividir as atenções com o secretário Vandinho Leite (PSB), que também é forte no páreo.

3 – Se na Grande Vitória os prefeitos já contabilizam os prejuízos políticos trazidos pela chuva, imagine no interior, com a maioria das prefeituras em crise e, agora, com muitos municípios submersos.

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