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Ferraço candidato

A um ano da eleição estadual, o senador Ricardo Ferraço (PMDB) se coloca como pretenso candidato ao governo do Estado. Uma estratégia que foge do perfil do grupo dele, comandado pelo ex-governador Paulo Hartung de sempre postergar uma posição, para trabalhar os bastidores eleitorais longe dos holofotes.
 
Essa movimentação, para os meios políticos, serve mais como uma ação para dentro do partido. Com uma bancada revolta, disposta a não aceitar mais decisões de gabinete, Ferraço se coloca como candidato e deve partir para a busca de composição de alianças para erguer um palanque e convencer os peemedebistas de que conseguirá ter uma candidatura própria ao governo.
 
Outra leitura nos meios políticos é de que a antecipação da candidatura de Ricardo tem um objetivo diferente. Além de colocar-se como alternativa ao palanque de Dilma Rousseff, desestimulando a candidatura do senador Magno Malta (PR), aumenta seu capital para a permanência no grupo de Casagrande, com uma composição forte capaz de garantir a candidatura de Paulo Hartung ao Senado em um palanque de unanimidade.
 
Ao mesmo tempo, o presidente do PMDB capixaba, deputado federal Lelo Coimbra, protela a saída do partido do governo Casagrande. Mas o que significa exatamente essa saída? Entregar o cargo de Fábio Damasceno da pasta dos Transportes e Obras públicas?
 
Isso não significa necessariamente que o grupo do ex-governador Paulo Hartung deixará de compartilhar o atual governo, já que seus aliados vão continuar na estrutura, como Anselmo Tozi, Neivaldo Bragato, Robinho Leite, André Garcia, Ângela Silvares, Guilherme Dias, Bruno Negris, entre outros.
 
Logo, a saída de um cargo com carimbo do PMDB passa uma impressão de rompimento, como aconteceu com a saída abrupta de Guerino Baletrassi, outro aliado do ex-governador, ao se filiar ao PSDB e se colocar como possível candidato ao governo em 2014.
 
Essa é uma estratégia para a disputa eleitoral, mas que não tira o grupo do ex-governador do compartilhamento do atual governo. Há interesses na manutenção do projeto ES 2030 que transcendem a questão eleitoral.
 
Fragmentos:
 
1 – Começou a história de a Assembleia jogar para a plateia com as audiências sobre o Orçamento do próximo ano. Só para lembrar, o projeto geralmente é mexido. Então, as audiências dificilmente vão influir em mudanças nas rubricas.
 
2 – Diante do congestionamento de nomes cotados na disputa proporcional do próximo ano, muita gente está apostando na ideia de “perder para cima”, ou seja, disputar a Câmara dos Deputados, que garantirá mais visibilidade do que entrar em uma disputa tão concorrida à Assembleia correndo o risco de ficar pelo caminho e com menos espaço.
 
3 – O deputado estadual Theodorico Ferraço (PMDB) reapareceu à frente das sessões da Assembleia Legislativa. Ele andou se afastando do comando da Mesa. Está animado, como sempre.

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