
Nem bem foi empossado o novo presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), desembargador Annibal de Rezende Lima, e Ezequiel Turíbio, presidente da Associação dos Magistrados do Estado (Amages), já aparece no jornal A Gazeta para marcar território. No comando da entidade que ingeriu a torto e a direito na gestão de Sérgio Bizzotto, Turíbio bateu de frente com Annibal em relação à possibilidade – em último caso, como declarou o novo presidente – de exonerar os juízes recém-nomeados como medida para redução dos gastos, que já furaram o teto constitucional. O presidente da Amages não se posicionou somente contrário à medida, mas adotou tom de esbravejo. “Juiz é membro do Poder. A associação não aceita nem discutir isso. Terão que tomar outras medidas”, declarou ao jornal. A reação intempestiva do presidente da Amages vem na dose exata para lançar o questionamento sobre qual será a postura de Annibal em relação à Amages. Vai seguir os mesmos passos de Bizzotto ou tomar as rédeas do Tribunal? Na gestão que se encerrou, a entidade se confundiu o tempo inteiro com a cúpula do TJES. Não é à toa que está assim, mal acostumada.
Sintomático
Na entrega do cargo de presidente nessa quinta-feira (17), Bizzotto cumprimentou o procurador-geral de Justiça, Eder Pontes, e passou batido pelo governador Paulo Hartung (PMDB).
A ver navios
Deve martelar na cabeça de Bizzotto, todos os dias, a promessa furada do governador de liberar R$ 50 milhões para o TJES. O desembargador apostava todas suas fichas nesse dinheiro.
Cada uma…
Aliás, “periódico sangrento” é uma ova! (para quem não entendeu, foi assim que ele se referiu a Século Diário durante a entrega do cargo, devido à matéria que avaliou sua gestão, aliás, reconhecida pelo próprio como insatisfatória).
Confissão
Para tentar rebater as contundentes críticas do deputado estadual Sérgio Majeski (PSDB) à PEC da Obscuridade, o líder do Governo na Assembleia, Gildevan Fernandes (PV), atrapalhado como sempre, acabou passando recibo de que a proposta tem mesmo objetivo de proteger as empresas que recebem incentivos fiscais e suas relações Hartung.
Confissão II
Agora me diz, uma empresa que recebe dinheiro público tem direito a sigilo? Para de mamar nas tetas, então!
Missão
A reunião realizada pelo deputado federal Max Filho (PSDB) nessa segunda-feira (14), na Prainha, em Vila Velha, recebeu o secretário-geral da Executiva Nacional do PSDB, o deputado federal Sílvio Torres. Ele é o responsável pelo Estado na comissão criada por Aécio Neves para avaliar candidaturas em cidades com mais de 100 mil habitantes. Já Max trata dos nomes da Bahia, Maranhão e Piauí.
Não foi acidente
A propósito, Max Filho voltou a tratar do crime da Samarco/Vale-BHP em pronunciamento no plenário da Câmara. O tucano cobrou das empresas recuperação dos danos e indenização às comunidades prejudicadas. Já do pode público cobrou responsabilidade na fiscalização das mineradoras.
Buraco
O Banestes perdeu mais uma conta: desta vez, da prefeitura de Guarapari.
Nas redes
“Num momento em que a sociedade clama por transparência dos atos políticos e com uso do dinheiro público, é inaceitável uma PEC que reduz a transparência. Qual é o interesse do governo em reduzir a transparência?”. (Deputado estadual Sérgio Majeski – PSDB – no Facebook).
PENSAMENTO:
“Não conceda privilégios perpétuos: talvez um dia tenhas vontade de conferi-los a outra pessoa”. Cardeal Jules Mazarin