O PT nacional deve permanecer fora das discussões sobre o cenário capixaba até o final deste mês. Mas, embora as principais lideranças do processo eleitoral deste ano garantam que o debate só deve ser tomado em maio, o mês de janeiro promete ser de muita movimentação política.
É claro que a prioridade é a reconstrução do Estado, após o desastre da chuva, mas o comando do governador Renato Casagrande neste período pode deixá-lo em uma situação muito confortável para discutir o processo. O período fica aberto também para que os apoiadores de Eduardo Campos consigam alavancar sua campanha política, o que pode atrair o governador para o palanque do PSB.
Até maio, quando finalmente será deflagrado o processo eleitoral, as lideranças vão ter de observar o comportamento no cenário nacional e as conversas entre os principais atores políticos do Estado. Será o período para saber se a aproximação entre Casagrande e o ex-governador Paulo Hartung é para valer ou apenas momentânea.
Fica a dúvida se o ex-governador vai mesmo disputar o governo ou o Senado. De outro lado, se Magno Malta (PR) vai mesmo investir em um palanque de oposição e se ainda Guerino Balestrassi insistirá em uma candidatura tucana puro-sangue ao governo.
Neste momento de reconstrução do Estado, o tamanho político do governador Renato Casagrande inspira atenção dos adversários. O ex-governador Paulo Hartung já colocou sua tropa de choque na rua para tentar valorizar o passe do peemedebista.
Para isso, Hartung tem recorrido ao expediente conhecido de aquecer e esfriar o mercado, dizendo, por meio de seus emissários que pode disputar o governo, que está sendo assediado para isso. Uma conversa que talvez não convença mais as lideranças do Estado.
Fragmentos:
1 – Para acabar de vez as especulações sobre a possibilidade de mudança na cabeça de chapa do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, anunciou nesse fim de semana a composição com Marina Silva na vice.
2 – Esse anúncio não muda muita coisa nas movimentações no Estado. O governador Renato Casagrande segue firme em adiar o debate eleitoral para maio próximo.
3 – Quem vem tentando se manter como pode nessa movimentação é o PSDB, que quer apresentar candidatura próxima e fala em aliança no segundo turno.