Jogo que é jogo tem que ter times. A escalação de um time é fruto de pesquisa. Comparo a uma alquimia, que das inúmeras misturas testadas, chegam a algumas boas descobertas. Essa pesquisa procura habilidades e competências individuais, que quando somadas são capazes de fazer toda a diferença e de surpreender. A escalação envolve escolhas.
Time escalado tem que ser preparado, lapidado, harmonizado para competir. A preparação nesse caso é principalmente física, mas também passa pelas partes psicológica e social. Cada um deve reconhecer a sua importância, mas também a dos demais. Ninguém ganha ou perde um jogo sozinho. Logicamente precisa também receber investimentos financeiros para, inclusive, garantir o próprio time.
Para haver um jogo tem que haver adversários, que disputarão o mesmo objetivo – a vitória. Para garantir a ordem e o respeito em campo são definidas e apresentadas aos envolvidos as regras. Regras estas que são aplicadas durante o jogo pela arbitragem, num monitoramento presencial e próximo durante toda a partida.
Os times contam com bancos de reserva que são colocados na partida em substituição, em complementação ao time para suprir o ritmo da partida.
Podemos fazer uma relação destes bastidores do jogo com o uso do dinheiro. O primeiro passo na escalação do seu time financeiro é saber quanto terá para “jogar”, reconhecendo assim a sua receita e com ela, o seu potencial para o jogo. Reconhecida a receita individual ou familiar, o próximo passo é se preparar para utilizá-la com disciplina e sustentabilidade, planejando e distribuindo a receita em categorias que representem o que é necessário, assim ficam definidas a receita e as despesas e com elas o orçamento doméstico, imprescindível como uma das regras para o “tom”do jogo.
Para haver um bom jogo tem que ter time sintonizado. Na relação com o uso do dinheiro o time é formado pela família que, de posse do seu orçamento doméstico, deve estabelecer os seus objetivos e regras de jogo.
Entendam que o time adversário no “jogo” do uso do dinheiro, geralmente, somos nós mesmos. Quando extrapolamos o orçamento e a capacidade real de endividamento, comprometemos a saúde financeira individual e familiar. Passamos de time a nossos próprios adversários no jogo. Sempre existirão prós e contras os objetivos. Foco é a palavra para combater os desvios que o time adversário impõe (incentivo ao consumo com oferta de crédito fácil). Monitorar as despesas planejadas e realizadas é uma ferramenta imprescindível para reforçar o foco nos objetivos.
O time reserva sempre poderá ser utilizado, para suprir as eventualidades, para dar um fôlego à família ou para marcar aquele gol de placa tão desejado: a concretização de uma meta.
O nosso time tem que procurar manter a bola (o dinheiro) o máximo possível, na grande área (formando reserva), próxima ao gol e se posicionar “a La Romário”, disponível para fazer quantos gols a partida permitir (transformando reservas em investimentos).
Nem sempre vencemos, mas, se hoje perdemos ou empatamos o jogo, treinamos mais para amanhã conquistar a vitória desejada. Se o seu time não atingiu o desempenho desejado, é preciso investir em treinamento, em capacitação e aguardar o momento para comemorar, porque ele chegará. Assim é também com o dinheiro. Se não atingiu o padrão de vida desejado, é tempo de investir em qualificação e na carreira profissional, de empreender, para ampliar sua empregabilidade e com ela a(s) fonte(s) de renda.
Nesse tabuleiro de jogo essas são algumas regras básicas na relação com o uso do dinheiro que quando seguidas, garantem bons resultados.
Time que joga unido permanece unido e é mais qualificado para conquistar o jogo.
Como está jogando o seu time? De forma a ganhar ou ainda perdendo o jogo?
Vamos organizar bem o meio de campo (planejamento), para não sobrecarregar a defesa (endividamento) e assim poder municiar o ataque (realização dos sonhos).
Ivana Medeiros Zon, Assistente Social, especialista em Saúde da Família e em Saúde Pública,Educadora Financeira, membro da ABEF – Associação Brasileira de Educação Financeira, palestrante, consultora, colunista do Portal EduFin www.edufin.com.br
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