Em política os espaços nunca ficam abertos, há sempre alguém disposto a ocupar um vazio deixado por outra liderança. É o que acontece com o PR. Algumas lideranças do partido têm demonstrado a intenção de pressionar o senador Magno Malta, presidente regional do partido no Estado e possível candidato a governador do Estado em 2014.
A crise foi mantida na mídia durante alguns dias, justamente para tentar evitar o palanque de Malta. Mas quando se depararam com a difícil e indefinida situação do cenário das eleições proporcionais para o próximo ano, deram uma pisada no freio. É preciso encontrar a melhor acomodação, principalmente para aqueles que tem um capital eleitoral considerável.
Mas se há gente querendo deixar o PR, por falta de candidato proporcional, o partido não vai sucumbir. É claro que entre os insatisfeitos há lideranças com tamanho e brilho próprio, como, por exemplo, o secretário de Esportes Vandinho Leite. Mas há muita gente, como o vice-prefeito de Vitória, Waguinho Ito, que deve suas colocações políticas ao capital político e à capacidade de transferência de votos do senador para seus aliados.
Por isso, ao mesmo tempo em que os insatisfeitos querem deixar o PR, tem gente querendo entrar no partido. Estaria atraindo até o ex-prefeito de Linhares, Guerino Zanon (PMDB), aliado fiel do ex-governador Paulo Hartung.
E vai atrair gente sim, porque do outro lado, o desejo do governador Renato Casagrande em juntar aos 15 partidos de sua base aliada outros tantos, vai deixar o seu palanque saturado para os candidatos proporcionais. Além disso, Malta já mostrou que consegue fazer lideranças facilmente e em uma eleição dura como será a do próximo ano, uma legenda como a que oferece o PR é atraente para quem está de olho em sua sobrevivência política.
Fragmentos:
1 – Enquanto aguarda uma definição de sua situação, com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), que inclusive pode dar o que falar, o ex-prefeito de Guarapari, Edson Magalhães, tenta conseguir um cargo com os aliados do DEM.
2 – Primeiro foi o prefeito Orly Gomes que não conseguiu acolhê-lo por conta da ficha limpa. Agora é Theodorico Ferraço. Apesar das broncas, Magalhães é um grande indutor de votos, por isso seus aliados querem ficar próximo dele.
3 – No Espírito Santo, a Rede já conseguiu cerca de 17 mil assinaturas, mas os números nacionais estão começando a preocupar os militantes do partido de Marina Silva. Precisam de 550 mil até outubro.