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Hartung e seus heróis

O apresentador de TV Luciano Huck, que está sendo chamado de “Lula chique”, voltou a ser incensado como candidato a presidente da República em 2018. Pelo menos esses são os sinais emitidos por lideranças da direita em nível nacional divulgados pela imprensa, dentro do mais puro estilo neoliberal controlado pelo mercado.
 
No embalo do clima carnavalesco, a cada dia fica mais evidente, também, que o governador Paulo Hartung busca se fortalecer como o vice ideal de Huck ou de qualquer que seja o candidato escolhido pelas forças afinadas com os grandes bancos e as corporações.
 
Foi o que se viu, mais uma vez,na reunião do dia 6 de fevereiro, como noticiado pela imprensa nacional, em São Paulo. Huck, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Fernando Henrique Cardoso montaram estratégias, devidamente repercutidas no dia seguinte em notas de colunas e extensas matérias nos jornais. 
 
É o velho travestido de novo, mascarando a realidade para a maioria de uma população acostumada historicamente a aceitar, ingenuamente, o golpe do chicote como se fosse o afago da pluma, num processo que transforma o ser social em simples mercadoria feita para gerar lucros. 
 
Nesse contexto, o governador Paulo Hartung se mostra perfeitamente afinado com o avanço do neoliberalismo, em escala mundial, no Brasil representado pelo banqueiro Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, seu mentor e responsável por colocá-lo como quadro essencial para a superação de crise nacional. 
 
Hartung não se cansa de repetir em seus discursos a admiração por Emmanuelle Macron, o presidente da França eleito pelos bancos e outras grandes corporações, com a velha bandeira, apresentada como novidade, de que ideologicamente não é de direita nem de esquerda. 
 
É exatamente esse o tom do discurso de Hartung. Ele se situa ideologicamente no centro, defende o conceito de responsabilidade coletiva, mas, na realidade, está profundamente envolvido com interesses corporativos empresariais geradores de privilégios para poucos e de redução de direitos sociais para a maioria.
 
Uma realidade que o Brasil vivencia nos dois últimos três anos, mesmo período em que o Espírito Santo Sentiu o golpe do arrocho na economia promovido por Hartung, com prejuízos para toda sociedade. 
 
Hartung se movimenta seguindo o mais puro modelo da cartilha do Consenso de Washington, idealizado pelo então presidente norte-americano Bill Clinton, e em franco desenvolvimento na América do Sul,  como pare da expansão de um mercado globalizado com um controle cada vez mais concentrado. 
 
Quatro décadas se passaram depois do surgimento de Hartung na cena política capixaba, integrando a esquerda ligada ao Partido Comunista do Brasil (PCB). Era o presidente do Diretório Central de Estudantes(DCE) Ufes. 
 
Ao eleger Macron como modelo, ele segue em direção diametralmente oposta, que o leva a admirar, também, o presidente da Argentina, Maurício Macri, eleito nas mesmas condições do francês. Como na França, o país vizinho atravesse maus momentos. 
 
Uma posição que o acomoda, prazerosamente,em parcerias com tipos como Luciano Huck, como ele não se cansa de demonstrar, com um entusiasmo que não deixa margem para dúvidas: seus heróis, decididamente, hoje são outros. 

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