Neste domingo (26) os brasileiros vão às urnas para escolher entre dois projetos políticos que se digladiam há 19 anos no País. Primeiro foram os tucanos que numa terra devastada pelo impeachment de Collor e o mandato tampão de Itamar Franco conseguiram emplacar o então ministro da Economia, Fernando Henrique Cardoso.
Na era FHC o salário mínimo era de pouco mais de 86 dólares. Durante o governo tucano, a dívida pública como percentual do PIB cresceu 7,2% ao ano, saltando de 28% para 60% em sete anos. Os empréstimos com o FMI eram uma constante.
Depois de oito anos de PSDB, foi a vez de Lula ascender à Presidência da República, sucedido por Dilma Rousseff, em 2010. São 12 anos do projeto petista. Neste período, o salário mínimo subiu para 318 dólares. A miséria caiu cerca de 65% no País entre 2003 e 2012 e 20 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza.
Agora, novamente o eleitor volta às urnas diante da mesma escolha de projetos. De um lado, está o projeto desenvolvimentista tucano, que visa assegurar a internacionalização da economia brasileira. Do outro a manutenção dos projetos de valorização das classes menos favorecidas.
Neste contexto é preciso que o movimento sindical tenha uma postura bem clara e que entre de cabeça na campanha para defender os ganhos da sociedade como um todo e não de apenas parte dela. O que temos é mais do que um pleito presidencial é a luta de classe propriamente dita.
A elite, que perdeu o poder nestes 12 anos de PT,o quer de volta e está disposta a tudo para consegui-lo. Do outro lado estão os trabalhadores e suas famílias que conquistaram avanços que nunca se pensou na história recente do País. É preciso mostrar para o eleitor quem está do lado de quem. Quais os interesses que cercam a eleição de Aécio e quais os interesses que cercam a reeleição da presidente Dilma.
O capital já fez a sua escolha, basta ver a reação o mercado de acordo com a pesquisa eleitoral. Se Dilma desce, a bolsa sobe e vice-versa. Neste sentido, o movimento sindical também tem que reforçar sua escolha e usar suas armas para o impulso final.
As pesquisas são favoráveis hoje à presidente, mas não garante a eleição. Nesta reta final, a classe trabalhadora precisa ir às ruas e mais que isso, ir às urnas com a consciência de que, se o governo dos últimos 12 anos não fez tudo que era necessário para a sociedade brasileira, um governo tucano fará com que o País recue uns 50 anos em nos avanços sociais.
A hora de reagir é esta!