Quarta, 15 Mai 2024

Hora da revanche

As eleições 2014 acontecerão daqui a 16 meses, é tempo de sobra para que a sociedade possa se organizar, se conscientizar e mudar a atual lógica da política brasileira e capixaba. Durante uma década se ouviu neste Estado o discurso do medo do retrocesso. Mas ele está aí, impregnado no discurso de “vigiar e punir” dos parlamentares capixabas, na tentativa desesperada de um grupo se manter no poder e na falta de rumo dos partidos do Estado. 
 
Em outubro de 2014 os eleitores vão às urnas para escolher o presidente, o governador, um senador para cada estado, deputados federais e deputados estaduais. É hora de pensar se a composição da Assembleia realmente representa os interesses da população capixaba. Se a bancada do Espírito Santo na Câmara dos Deputados tem apresentado propostas em defesa da nação brasileira, como deve; se os senadores capixabas estão defendendo os interesses do Espírito Santo, e se o governador e a presidente estão cumprindo suas promessas de campanha feitas em 2010. 
 
Em um momento em que o fundamentalismo parece ter tomado conta do Parlamento brasileiro, é hora de fazer uma reflexão sobre como isso aconteceu. Foi pelo voto. Eles se organizaram e deixaram seus guetos para tomar conta da política institucional. O próximo ano pode ser o momento de os movimentos sociais se conscientizarem de fato de seu poder político, e além de irem para a rua, escolherem os representantes que defendam seus interesses dentro das casas de lei. 
 
É hora também de os partidos voltarem seu olhar para dentro, ler o significado das siglas que os nomeiam, e avaliar se os seus mandatários e candidatos estão defendendo as ideologias incutidas nos estatutos partidários. 
 
Ficam então algumas perguntas: Como pode um movimento que reúne milhões em passeatas e manifestações dar poucos mil votos para seu deputado federal? Como pode um partido que surge dos movimentos sociais, tentar impedir uma mulher de disputar a reeleição para um mandato que vem desempenhando com exemplar dedicação? Como pode um ator político socialista querer concentração de poder em um único palanque?
 
Cabe à sociedade organizada conscientizar seus simpatizantes neste momento. Mais que lutar contra o retrocesso, é preciso lutar pela representatividade das ideias progressistas. Se o sistema está doente, é preciso tratá-lo de dentro para fora, garantindo a eficácia do tratamento. 
 
A única arma do cidadão hoje para mudar a realidade política do país é o voto. Ideias progressistas não podem conviver com voto conservador. Ou o eleitor muda seus representantes, ou não conseguirá mudar a realidade. 

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