A semana que antecede o fim do prazo para as convenções partidárias – 5 de agosto – vai ser de muita movimentação. Estabelecidos os nomes disponibilizados para as disputas, e observados os interesses das duas principais lideranças do Estado, o governador Paulo Hartung (PMDB) e seu desafeto político, o ex-governador Renato Casagrande (PSB), o momento é de definir as acomodações nos palanques colocados.
Uma das principais articulações será para as escolhas dos vices, que terão um papel fundamental na movimentação das lideranças, de olho no futuro por parte de quem quer se viabilizar e de olho no passado e presente, de quem oferece a vaga para evitar problemas de relacionamento na gestão.
Outra movimentação vai depender de muita conta. É a distribuição das pernas para as chapas proporcionais. Se nos anos anteriores, houve casamentos na delegacia, este ano a confusão vai ser ainda maior. Encontrar um parceiro ideal em um cenário tão adverso vai ser difícil.
Em Vitória, por exemplo, o PT vai ter problemas para encontrar “noivas” satisfatórias para a disputa à Câmara, aliás, não só em Vitória. O PMDB também não vem conseguindo ser atraente o suficiente para os outros partidos. É que mesmo tendo conseguido um reforço com a saída de Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) da disputa, Lelo Coimbra ainda não se tornou um candidato competitivo a ponto de ser cobiçado pelos candidatos a vereador.
A situação fica ainda mais difícil para os vereadores que precisam de alianças fortes para manter suas cadeiras, isso em toda a Grande Vitória tem trazido problemas. Muita gente chega prometendo chapa completa e na hora do vamos ver, tem meia dúzia de votos. O fato é que o tempo está acabando e até sexta-feira todo mundo tem que estar acomodado, confortavelmente ou não.
Fragmentos:
1 – O vice de Carlos Casteglione e ex-secretário de Obras de Cachoeiro de Itapemirim, Braz Barros terá a tarefa de encabeçar a chapa da situação na disputa eleitoral deste ano, defendendo a continuidade da gestão petista.
2 – A tarefa é dura porque o PT perdeu suas apostas no meio do caminho. O primeiro nome de continuidade era o ex-aliado de Casteglione, Rodrigo Coelho, que deixou o partido para se filiar ao PDT.
3 – Depois o partido passou a apostar no vereador Professor Léo, mas o partido se perdeu em problemas internos, que o Léo deixou também a sigla em abril deste ano, se filiando ao PV.