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?? hora de mudar

A eleição municipal está batendo às portas e os prefeitos do Estado têm um grande desafio pela frente: como vão disputar a reeleição ou fortalecer a candidatura de seus sucessores com o caixa vazio e sem perspectiva de melhora. O governo do Estado continua dizendo que não tem recursos, que vai mexer em dinheiro dos depósitos judiciais para o custeio, entre outras informações que aumentam o clima de pessimismo. Esse discurso foi reiterado na reunião que o governador Paulo Hartung teve com os prefeitos (72 compareceram) esta semana no Palácio Anchieta.
 
No âmbito federal, o governo vive seu pior momento, seja por causa da crise econômica que assola diversos países, seja pela crise política agravada pelo embate entre PT e PSDB, que insiste em continuar após a eleição de 2014. Neste sentido, passar o pires por lá também não tem sido de grande valia. 
 
É claro que há uma grande parcela de municípios no Estado, sobretudo os com menos de 20 mil habitantes (que são muitos), que não tem muitas saídas para fugir da dependência econômico dos governos estadual e federal. A maioria vive do café ou de outra monocultura, que também fortalece a dependência dos recursos de fora. 
 
Mas há realidades bem diferentes. Quanto se olha para o montante de recurso de alguns municípios, beneficiados pelas receitas dos royalties, percebe-se que dinheiro não é a solução de todos os problemas, mas o problema, por mais paradoxo que possa parecer. O problema, muitas vezes, é ligado à gestão, sim. Mas não é só isso. É injusto colocar em uma única gestão a culpa pela falta de opções de muitos municípios do Estado. 
 
Ao longo da história do Espírito Santo, as atividades exploradoras foram vendidas como a salvação da lavoura para Estado e municípios. Mas não é bem assim, falta interesse político, visão para se mudar a lógica desenvolvimentista, que privilegia apenas um grupo político. 
 
Agora as lideranças estão entendendo que essa lógica não atende a todos. Os prefeitos não estariam nesta situação se tivessem abandonado essa lógica, se buscassem entender as características de suas cidades e buscar explorar os potenciais de cada local.
 
Por não terem pensando nisso antes, a situação das prefeituras chegou a esse ponto. Se  começarem a pensar nisso agora, talvez no futuro as coisas sejam mais tranquilas, até para eleições futuras.

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