Os movimentos do ex-governador Paulo Hartung novamente remontam uma estratégia conhecida nos meios políticos. É bem evidente que a nota publicada na imprensa nacional saiu do almoço entre os caciques do PMDB Michel Temer e Valdir Raupp (RR), Hartung e o senador Ricardo Ferraço. Agora preferem o silêncio e vão posar para foto ao lado do governador Renato Casagrande (PSB) para demonstrar clima pacífico entre as lideranças.
Novamente, Hartung põe fogo no mercado político e depois joga água na fervura. Um movimento de avanço e recuo que serve para criar um clima de indefinição entre a classe política. Esse movimento beneficia as projeções para o próximo ano. Ele pode ir testando a temperatura do mercado para escolher com calma o melhor posicionamento para 2014.
O silêncio de Hartung e Ferraço não serve para acalmar o mercado. O que precisava dizer já foi dito e entendido pela classe política. No silêncio de Hartung fica impresso a impossibilidade da manutenção unanimidade, da desestabilização política do governador Renato Casagrande e a entrada do ex-governador no processo eleitoral.
Enquanto o governador tenta convencer as lideranças a não anteciparem as discussões de 2014, Hartung segue em sua estratégia de calibrar a imagem de grande gestor e de total controle do processo político do próximo ano. À classe política caberá escolher entre os palanques que se apresentam.
De um lado está Casagrande que passa a imagem de um governo fragilizado que pode oferecer riscos eleitorais em 2014; do outro está Hartung que tenta passar a imagem de um governo forte e organizado, mas aí seria concordar em retornar a um sistema opressor de controle político total.
Fragmentos:
1 – O pessoal do Instituto Capixaba do Estudo e Extensão Rural (Incaper) não anda muito satisfeito com o presidente Evair Vieira de Melo. Enquanto os carros de fiscalização estão parados sem gasolina, o órgão coloca propaganda em horário nobre.
2 – A justificativa do órgão é de que o contrato para o abastecimento dos veículos venceu. O problema é que sem os veículos não há como fazer fiscalização e acompanhamento do produtor rural.
3 – O diário oficial do Estado traz nesta sexta-feira (13), a nomeação do ex-prefeito de Anchieta Edival Petri como assessor para o cargo de assessor especial na Secretaria de Estado da Educação.