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Jogada certa

Se tem uma coisa que o presidente da Assembleia Theodorico Ferraço (DEM) tem mais que o seu correligionário fluminense, o presidente da Câmara dos deputados Rodrigo Maia, é amigos. É que a Constituição Federal estabelece que a Mesa da Câmara só pode ser eleita para um mandato de dois anos e é vedada a recondução para os mesmos cargos na eleição imediatamente subsequente. Maia foi eleito em 14 de julho passado, uma semana depois de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciar ao mandato que terminaria em janeiro de 2017.

Faltou a Maia o que sobra a Ferraço: amigos para apresentarem as Propostas de Emenda Constitucional (PEC) para abrir as brechas necessárias para que ele continue no mesmo cargo da Mesa. Na Assembleia Legislativa, desde 2003, era proibida a recondução do presidente da Mesa Diretora da Assembleia. Nada que fosse problema para o atual presidente, que está no cargo desde meados de 2013.

Desde que assumiu o mandato tampão, com a ida de Rodrigo Chamoun para o Tribunal de Contas do Estado (TCES), apareceram os primeiros amigos, Gilsinho Lopes (PR), Marcelo Santos (PMDB), Sandro Locutor (Pros), Luzia Toledo (PMDB), um a um, todos assinaram a PEC que permitiu que Ferraço continuasse à frente da Casa.

Acabado o segundo mandato. Foi a vez de o ex-deputado José Carlos Elias (PTB) apresentar também uma PEC, que permitiu a eleição do presidente entre uma legislatura e outra. Agora, foi outro deputado linharense, como Elias, Luiz Durão (PDT) quem apresentou emenda que favorece diretamente Ferraço. A proposta, já aprovada pela Casa, permite a reeleição dentro da legislatura.

E assim Ferraço vai ficando. Enquanto as articulações com o Palácio Anchieta forem mantidas no campo diplomático, tudo vai dando certo. Os deputados não vislumbram no plenário outro nome em condições de manter esse diálogo de forma equilibrada com Hartung, além de Ferraço. O governo, até aqui, não teve problemas com o presidente da Assembleia, que se mostra tranquilo e confiável, na hora de apagar alguns incêndios.

E pelo jeito, não será por movimentação na imprensa que Rodrigo Coelho (PDT) e seus interlocutores vão conseguir convencer os colegas que seu retorno à Assembleia tem a influência palaciana para emplacá-lo na presidência da Casa. Entre os deputados é pacificada a ideia de que o governador Paulo Hartung (PMDB) não tem qualquer interesse em eleger seu hoje secretário de Assistência Social na presidência do Legislativo, o que aliás, daria acesso livre de Ferraço aos microfones de aparte e da tribuna da Assembleia. Isso, sim, seria um perigo.

Fragmentos:

1 – No 11º Encontro de Lideranças Empresariais, realizado nesse fim de semana, em Domingos Martins, na região Serrana reuniu a nova turma do governador Paulo Hartung: A economista-chefe da XP investimentos, Zeina Latif, o presidente do Insper, Marcos Lisboa e a secretária do Tesouro Nacional Ana Paula Vescovi.

2 – O vereador Max Da Mata (PDT) faz uma observação interessante sobre o disque silêncio. Para medir os decibéis, os fiscais têm de entrar na casa do denunciante, o que pode causar mais problemas do que o barulho em si. “Como uma lei pode funcionar através de denúncia, onde a própria lei expõe o denunciante?”, destaca o vereador.

3 – O deputado Sérgio Majeski (PSDB) disponibilizou o gabinete a disposição dos professores que fizeram o processo seletivo da Sedu nesse fim de semana e encontraram inúmeros problemas.

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