Paulo Hartung (PMDB) desenha aos poucos e cautelosamente a composição de seu governo. Anunciou aqui, anunciou dali, mas ainda não deu espaço para seu vice-governador César Colnago (PSDB/foto). O movimento não é casual. Colnago não é hartunguete de carteirinha, joga o jogo na estrita condição
de aliado. Hábil formulador, levou o PSDB para junto do então candidato nas eleições mesmo a contragosto de boa parte do partido. E, mais que isso tudo junto, é político de voo próprio, o que nos leva para 2018. Hoje Colnago ocupa uma área estratégica na sucessão de Hartung. Se este sair para a reeleição, ok, mas se sair para tentar o Senado, Colnago terá oito meses à frente do governo e, óbvio, tentará se reeleger. Isso explica por que até aqui Colnago foi contemplado com apenas coordenadoria de projetos e não uma pasta de vulto, como era de se esperar. Se lhe desse uma secretaria, Hartung também daria plenas condições de decolagem a um tucano que sabe voar alto.

Ops…
Ainda nesta segunda-feira (5), o endereço do twitter do ex-vice-governador e deputado federal eleito Givaldo Vieira (PT) ainda constava na biografia do perfil do twitter oficial da vice-governadoria do estado.
A grande família
A cada vez que a composição do secretariado de governo mostra contornos mais nítidos, fica claro que o quadro de Hartung não corresponde à “energia danada” que ele diz estar para governar o estado. Sexta-feira (2), na posse dos secretários, Hartung criticou a prática de se montar governos com amigos e pessoas próximas. Mas, vendo seu secretariado, notamos que ele ainda leva a frente e a sério essa prática. O que não falta são amigos e pessoas próximas do governador.
Aliás…
Discurso de austeridade que exalta corte “até do cafezinho” é, que nos perdoem, discurso batido. Conversa para boi babar de tanto dormir.
É mole?
Essa história da sugestão de Theodorico Ferraço (DEM) a Paulo Hartung para investir os R$ 25 milhões de economia da Assembleia no saúde do Sul do Estado mais uma vez nos confirma uma coisa: Ferração é uma fonte inesgotável de esperteza. Mas se Hartung preferir, com R$ 25 milhões é possível fazer outras obras. Um posto fiscal, por exemplo.
Piada pronta
Em entrevista à rádio CBN Vitória na manhã desta segunda-feira (5), a secretária estadual da Fazenda Ana Paula Vescovi produziu interessante comentário sobre as viagens. Em tom alarmado, disse que o governo Renato Casagrande (PSB) despendeu cerca de R$ 24 milhões com viagens e hospedagens. Hartung e equipe criticando gastos alheios com viagens? Não pode ser sério.
Ainda a posse
Com apenas água e café, Hartung vestiu sua solenidade de posse no Palácio Anchieta com os tecidos da austeridade. Não se tratava de efetivo cuidado com o dinheiro público. Tratava-se, sim, de transmitir apenas uma imagem de preocupação, já que, após as eleições, com as denúncias da “mansão secreta” em Pedra Azul e das viagens da esposa Cristina Gomes, o governador entrou no rol dos políticos comuns.
Energizar
O discurso de posse de Hartung no Palácio Anchieta está na internet. Podem procurar. Uma vez aberto, deem Ctrl + F e escrevam: “energizar”. O verbo que o então candidato tanto usou nas eleições não consta no palavrório. Mesmo o substantivo “energia” aparece apenas três vezes. Algo mudou.
Felicidades
A Rodosol, nesses primeiros dias de novo ano, mandava um “Feliz 2015” aos motoristas nos luminosos letreiros da Terceira Ponte. Para ela, o ano começou muito bem mesmo.
140 toques
“#ATENÇÃO | Devido a grande procura pelo serviço, os telefones estão ficando ocupados. Para agilizar envie [email protected]”. A Rodosol começando 2015 com uma “energia danada”.
Pensamento
“Nas cidades modernas, o cidadão é o envoltório protetor do indivíduo”. Rui Barbosa