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Jogo jogado

Quando o deputado estadual Sérgio Majeski, “da parte boa do PSDB”, fez a postagem nas redes sociais declarando que pretende concorrer ao governo do Estado ou ao Senado em 2018, na noite de terça-feira (6), ele deu uma boa chacoalhada no mercado político estadual.
 
Considerado um dos mais atuantes quadros no atual cenário, principalmente por sua oposição ao governo Paulo Hartung, Majeski se mantinha em silêncio, certamente como estratégia para valorizar ainda mais seu cobiçado passe para o jogo político deste ano.
 
Sua entrada no campo da disputa majoritária, até então indefinida, altera a movimentação e intensifica conversas que desde 2017 ele mantém com importantes lideranças. 
 
A relação é extensa e inclui o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), e o ex-governador Renato Casagrande (PSB), que resvala, por força de antiga aliança, para o PPS do prefeito de Vitória, Luciano Rezende.  
 
Audifax Barcelos, liderando o Rede no Estado, ainda guarda esperança de ser o protagonista de uma eleição majoritária, mas, para que isso aconteça,  terá que promover acomodações indispensáveis e extremamente necessárias dentro do seu esquema político. 
 
Majeski seria uma coluna das mais valorosas na construção de palanque no Estado para a presidenciável Marina Silva. Sonho esse que fica em compasso de espera. 
 
Com o ex-governador Renato Casagrande, a movimentação soa, para Majeski, como melodia sem contraponto, um processo extremamente complicado para alcançar a harmonia. 
 
É que Casagrande não tem muito a oferecer, considerando o entorno de sua candidatura, com reduzido valor agregado em termos de densidade eleitoral, com raríssimas exceções. 
 
Uma delas, o deputado estadual Josias Da Vitória (PDT), que está com os dois pés no partido e pode desfazer o sonho da secretária de Desenvolvimento da Cidade, Lenise Loureiro (PPS), de concorrer a uma vaga na Câmara Federal. 
 
Em todos os casos, há um distanciamento da atuação de Majeski, como é mostrado de forma bastante clara na palavra “renovação”, que fecha a mensagem postada nas redes sociais. 
 
Se formalizada uma das alianças das várias que até agora vieram à tona, a palavra perde o sentido. 
 
Nesse cenário, não é sem motivo que Majeski também mantenha conversas animadas com siglas de menor densidade eleitoral, entre elas o Partido Verde. Abrigando-o, o PV abre ampla possibilidade de crescimento.
 
A declaração de Majeski nas redes sociais o insere de peito aberto no jogo e reforça essa tendência em direção a partidos menores, de acordo com perspectivas construídas no mercado a partir de observações sobre sua atuação, que o coloca muito distante da velha forma de fazer política.

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