Sábado, 20 Abril 2024

Lá e cá

Nacionalmente, o resultado das eleições deste ano aponta para um cenário em que a polarização entre PT e PSDB deve se repetir em 2014, tendo como principais forças auxiliares o PSB e o PMDB. Como as disputas nos estados sempre têm um olho no embate nacional, é preciso analisar os ganhos e perdas das siglas, mas acima disso, das lideranças que nelas se abrigam.



O PT, logo depois da eleição, veio a público festejar o desempenho na eleição deste ano. Mas o partido saiu enfraquecido. Além de perder Vitória e Cariacica, repetiu as seis prefeituras de 2008. Isso sem falar que as reeleições de Cachoeiro de Itapemirim e Colatina não se alinham ao projeto partidário e sim ao projeto pessoal de Carlos Casteglione e do grupo do ex-prefeito de Colatina Guerino Balestrassi, pelas mãos de Leonardo Deputulski.



Com isso, o partido saiu da eleição sem nenhuma cidade com mais de 200 mil habitantes. Isso em um Estado onde a presidente Dilma Rousseff perdeu a eleição em 2010, assim como o PSDB, no primeiro turno em Vitória. Dentro da polarização nacional que se espera em 2014, o Estado pode ser um ponto fora da curva, embora não tenha uma relevância vital para a disputa, já que o eleitorado é modesto.



O PSDB está em uma posição ainda pior. O presidente do partido, César Colnago, também demonstrou seu contentamento com o desempenho do partido, mas o PSDB, além de perder uma disputa na Capital, que considerava concluída em primeiro turno, e de acreditar que iria para o segundo turno em Vila Velha, com Max Filho, ficou pelo caminho nas cidades. Caiu de 12 para seis prefeitos e tem dificuldade de se recolocar no jogo político para a próxima eleição.



O PMDB, que é apontado como uma força auxiliar importante para a disputa presidencial, no Espírito Santo não repetiu o êxito nacional. O partido foi o campeão de conquistas de municípios no Brasil, com 1.026 cidades a partir de 2013. No Espírito Santo, porém, o cai de 21 para 13 prefeituras, o que o coloca em desvantagem no jogo político. Para piorar, a principal crítica nacional à sigla, de ser um partido dos grotões, se repete no Estado, já que o partido não conseguiu grandes cidades na disputa deste ano.



O PSB, nacionalmente foi o que mais cresceu, repetiu no Estado o mesmo desempenho. Aqui subiu de 13 para 21 prefeituras, sendo uma importante, na Serra, com isso, o partido se fortalece e fortalece o governador Renato Casagrande, que deve disputar a reeleição em 2014. Mas não foi só isso, ele também fortaleceu os aliados para que pudessem ter um palanque bem alicerçado para a disputa.

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