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Mais que salários

Como acontece todos os anos, novamente os bancários estão de braços cruzados. A greve já avança para a terceira semana, sem uma solução. O bancários querem 9% de reposição e os banqueiros oferecem 6%. Mas a questão vai muito além do percentual. 
 
Não parece, mas as condições de trabalho são precárias e o atendimento ao público é péssimo, principalmente nos bancos públicos, em que a população acaba prejudicada devido à falta de funcionários. 
 
As reclamações são muitas. A maioria dos bancários argumenta que questão é meramente salarial, mas o índice é muito pequeno e a remuneração não é tão ruim, se comparada a outras categorias. 
 
Aí vem a necessidade da Central Única dos Trabalhadores (CUT) mostrar seu poder de mediação, socializando a discussão e ampliando a pauta. Mais do que reajuste, é preciso mais mão de obra nas agências, mais treinamento para facilitar o atendimento, e política social. 
 
A centralização das atividades, principalmente na Caixa Econômica, de onde sai a administração dos recursos dos programas sociais e da habitação, é um empecilho ao atendimento de qualidade à população. Essas questões devem ser discutidas e têm como ser resolvidas. 
 
O que não pode é todo ano a população sofrer com os mesmos problemas de greve nos bancos e a Central assistir de longe o sindicato se movimentar sozinho. A CUT deve assumir seu papel e buscar uma alternativa junto ao sindicato para tirar esse impasse e realmente melhorar a situação tanto dos bancários quanto da população. 
 
Até mesmo no atendimento dos programas sociais é preciso um maior empenho da Central, afinal,  o objetivo dela é social, buscar igualdade e conquistas, não só para os trabalhadores, mas também para toda a sociedade. 

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