sábado, dezembro 14, 2024
23.3 C
Vitória
sábado, dezembro 14, 2024
sábado, dezembro 14, 2024

Leia Também:

Mais um desvario de PH

Não é ainda desta vez que o galo vai cantar no terreiro de algum dos pretendentes ao poder no Espírito Santo, como simulava a disputa ao comando da Amunes. PH entrou pesado para transformar a disputa, sobretudo, numa derrota da senadora Rose de Freitas (PMDB), que apoiava a chapa do prefeito de Viana, Gilson Daniel (PV), adversário do candidato de Palácio Anchieta, Guerino Zanon (PMDB). 
 Hartung subverteu o resultado da disputa, dando a vitória, por W.O.,  ao prefeito de Linhares. Como a maioria dos prefeitos estava fechada com a chapa de Gilson, não restou outra escolha para PH, que não disfarçou que estava metendo a ‘’digitalzona’’ no e, caso eleitoral. 
A “digitalzona” se traduz no pacote de maldades que PH despejou sobre os prefeitos-eleitores, em sua grande maioria, com suas prefeituras “quebradinhas da silva”. Criando toda sorte de situações para que pudessem trair compromissos sem mostrar o rosto, não alcançando, como também pretendia,  a senadora Rose de Freitas na sua virilidade eleitoral para emprego nas eleições de 2018.   
Pois Rose, também seduzida pela atração ao poder, faz política intermediando verbas do governo federal para a prefeitada, como uma espécie de “banco de desenvolvimento” deles e que, naturalmente, não desaparecerá como consequência do desfecho dessa atribulada disputa da Amunes, podendo continuar  a sonhar com o Palácio Anchieta. Mas, de certa forma, a senadora deu também sua contribuição nesse resultado  adverso. Talvez a própria Rose já comece a admitir, no processo de reflexão, que a escolha de Gilson Daniel para cabeça da chapa foi temerária.
Não podemos deixar de registrar que Gilson Daniel tem uma história política pontilhada de situações vulneráveis capazes de fazê-lo uma presa fácil para os adversários. Ainda mais quando está na mesa de jogo PH, habituado a explorar com maestria os “telhados de vidro” de seus algozes.  O que certamente não ocorreria se o cabeça da chapa fosse de um prefeito como o da Serra,  Audifax Barcelos (Rede), ou um Max Filho (PSDB). Incapazes de sair de uma disputa por causa de suas fichas corridas. 
Embora tenha vacilado na escolha, Rose sai desse processo com sanáveis ferimentos políticos, não a ponto de inviabilizá-la nas suas pretensões de poder se lançar à disputa pelo governo em 2018. A começar por dispor dos seus primeiros quatro anos de um mandato de oito anos no Senado. E ainda contando com o endinheirado suplente, Luiz Pastore, ávido para herdar os últimos quatro anos do mandato dela.  
Diferentemente de PH, que ainda não decidiu seu destino para 2018 – dividido entre a disputa ao Senado e à reeleição para o governo e ainda não disputar nada e apoiar um candidato para sucedê-lo. Embora tratando-se de quem se trata, PH possa reproduzir o velho espírito eleitoral, para enganar seus adversários, como fez em outras ocasiões semelhantes. 
Evidente que estamos diante de dois personagens que enveredaram-se pelo caminho dos prefeitos para consolidar situações eleitorais futuras, a partir do desfecho do resultado eleitoral da Amunes. Nessa simulação de 2018, outros postulantes à corrida de 2018 também apostaram fichas na disputa pelo controle da Amunes. Caso do ex-governador Renato Casagrande (PSB) e de seu aliado, Luciano Rezende (PPS), assim como o vizinho, Audifax Barcelos. Mais distantes da disputa da Amunes, mas de olho no desfecho do embate entre Rose e PH, estavam os tucanos César Colnago, que ainda aspira o governo em 2018, o senador  Ricardo Ferraço e até Luiz Paulo Vellozo Lucas, que voltou a reivindicar a disputa ao Palácio Anchieta. 
Irrealidade 
Essa manobra que está sendo engendrada pelo governador Paulo Hartung para tornar as mulheres dos policiais militares responsáveis pelo motim dos maridos que parou a PM por 22 dias, é de uma inconsequência desastrosa. É fugir à realidade do que foi realmente a paralisação. É ignorar a atmosfera de tensão que prevalece dentro dos quartéis e batalhões. Só na Era PH essas coisas acontecem. O retrato real da situação de esfacelamento da instituição é bem diferente da mensagem positiva que vem sendo divulgada pela mídia corporativa. O sentimento do movimento das mulheres permanece forte no seio da tropa.            

Mais Lidas