sexta-feira, julho 11, 2025
18.9 C
Vitória
sexta-feira, julho 11, 2025
sexta-feira, julho 11, 2025

Leia Também:

Mão amiga

Sobra gente que não compra, por nada, essa informação de que o ex-presidente da Samarco/Vale-BHP, Ricardo Vescovi, irá trabalhar sem salário na Federação das Indústrias do Estado (Findes), como divulgado em A Gazeta nessa terça-feira (19). Voluntariado no meio que reúne os grandes empresários capixabas, amigos de fé, sedentos por projetos, dinheiro e poder? Não brinca! É necessário lembrar o atual momento do anúncio, feito pelo novo presidente da Federação, Leo Castro. Pouco mais de um mês após Vescovi se livrar do processo criminal referente ao maior crime ambiental da história do País, o rompimento da barragem em Mariana (MG), que além de 21 vítimas fatais, acabou com o Rio Doce e as comunidades que dele dependiam. Na época, já no comando da mineradora, Vescovi assistiu à derrocada de sua até então brilhante carreira empresarial. Foi colocado na geladeira e virou alvo de críticas públicas e processos por homicídio qualificado com dolo eventual (quando se assume o risco de matar), crimes ambientais, inundação, desabamento e lesão corporal. Quase dois anos depois, a situação permanece trágica para os atingidos, mas com ajuda da imprensa corporativa, da classe política, do governo e da forte estratégia de marketing da Samarco, a poeira baixou, faltando pouco para o esquecimento. E aí, por que não aproveitar esse clima favorável e reintroduzir Vescovi no mercado pelo andar de cima, de onde ele nunca deveria ter saído? Um voluntariado, aliás, nada modesto: o ex-presidente da Samarco vai cuidar da gestão da Findes, que, sem dúvida, carece – ai, ai – desse profissional e serviço. Me engana…
Demandas
Agora se Vescovi quiser, mesmo, exercer um trabalho voluntário, não faltam opções na própria sociedade civil organizada. Poderia, inclusive, começar pelo norte do Estado, onde as comunidades atingidas ainda lutam por seus direitos, negados pela Fundação Renova, da Samarco.
Lá e cá
O governador Paulo Hartung atira para todos os lados quando o assunto é o mercado político da Serra. Uma hora faz graça e circula com o prefeito, Audifax Barcelos (Rede), outra, com o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT). Nas entrelinhas, as estratégias do governador para 2018.
‘Ok’
Por falar em Vidigal, o deputado procurou a coluna para informar que a licença de dois anos do seu filho, o médico Sergio Alves Vidigal Júnior, concedida pela Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger), não é remunerada. ‘Ok’, registrado, mas a coluna não disse nem sugeriu isso. Apenas registrou o ato publicado no Diário Oficial, acrescentando que há planos políticos para Serginho, como circula nos bastidores.
‘Coincidências’
O presidente da seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), Homero Mafra, chegou à delegacia que investiga o crime da médica Milena Gottardi, nessa terça-feira (19), com a justificativa de apenas averiguar o acesso às informações do inquérito. Acordou advogado de defesa do ex-marido dela, o policial civil Hilario Antonio Frasson.
Manobra
O deputado federal Carlos Manato (SD) protestou no Facebook contra sua exclusão da comissão criada para votar a anistia aos Policiais Militares (PMs), efetivada nesta quarta-feira (20). Manato tratou o ato como covardia, “luta de Golias contra Davi”.
Manobra II
Detalhe: Manato é um dos autores do projeto, que trata da anistia aos Policiais Militares do Espírito Santo. A matéria já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e a votação em plenário está prevista para ocorrer em breve.
Barrada
Em João Neiva, apenas três vereadores votaram pela abertura de uma CPI para investigar a empresa Fortaleza Ambiental, que detém os serviços de coleta de lixo no município. O pedido teria sido motivo após denúncia de empresário por suposta improbidade e irregularidades no processo de contratação, feita ao Ministério Público. Placar terminou em 7 x 3 – Marcelo Campostrini (PV), Renan Patuzo (PRP) e Glauber Tolon (PCdoB).
Reincidente
Não é a primeira vez que a empresa se envolve em problemas. Em Fundão, também já existe denúncia de vereadores ao MP, sob acusação de aumentar em seus registros o volume de lixo coletado e a quantidade de ruas varridas, para receber a mais. Auditoria realizada pela Câmara apontou prejuízo de R$ 5 milhões aos cofres públicos desde o início do contrato, em 2013. 
Nas redes
“(…) Fiz uma visita a Renato Casagrande na tarde desta quarta-feira para debater um pouco sobre o cenário político capixaba e traçar metas para o futuro do nosso Estado”. (Deputado estadual Da Vitória – PDT – no Facebook).
PENSAMENTO:
“Quando o populacho se põe a refletir, tudo está perdido”. Voltaire

Mais Lidas