
Primeiro Aécio Neves (PSDB), agora Eduardo Campos (PSB). Virou mantra na boca dos presidenciáveis visitar o Estado e repetir o discurso de que, caso eleitos, irão salvar os capixabas do “isolamento”. Na sequência vêm críticas sobre obras, falta de recursos destinados pelo governo federal e etc. Tudo na conta da presidente Dilma Rousseff. Dois exemplos não me saem da cabeça, por isso vou citá-los. Um antigo, outro bem atual. O governo de Minas Gerais, entre a gestão de Itamar Franco e Aécio, manobrou para tirar a parte do bolo do ICMS que seria destinado ao Estado, por conta da Usina de Aimorés – consórcio entre a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Vale. Naquela época, o montante representava entre R$ 2, 5 a 3 milhões mensais. Ficamos de mão abanando, apesar dos inúmeros prejuízos ambientais e sociais – inclusive desvio do Rio Doce – gerados pela usina, inaugurada em 2006, com pompa e circunstância por Aécio. Já Eduardo Campos, até outro dia o governador de Pernambuco, foi um dos principais articuladores da aprovação da lei que estabeleceu uma nova distribuição dos royalties do petróleo, até mesmo dos campos em operação, que diminui a fatia de Estados produtores (Espírito Santo) e aumenta a parte destinada aos não produtores. Além do prejuízo, Campos ainda deu um trabalhão ao seu correligionário, Renato Casagrande. Em síntese: não se iluda. É o sujo falando do mal lavado.
Sentido contrário
A propósito, a visita de Campos e Marina não deve ter agradado em nada alguns membros da Rede Sustentabilidade no Estado. A ex-ministra, por mais de uma vez, rasgou elogios ao candidato ao Senado na chapa de Casagrande, o ex-prefeito de Vila Velha Neucimar Fraga (PV). Escolha de Neucimar foi motivo de queixas do grupo, que chegou até a emitir nota ameaçando recuar do apoio ao governador.
Manda quem pode…
Em seguida, veio o “pito” da Nacional, que na última semana, véspera da visita de Campos e Marina, divulgou outra nota reforçando o apoio à reeleição de Casagrande, para afastar qualquer climão nos eventos programados para essa terça-feira (29).
Choque de realidade
As declarações e fotos divulgadas pela mídia corporativa nesta quarta, com o tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas e Paulo Hartung em Vila Velha, são as doses necessárias para ninguém esquecer “das coisas da política”. Um dia ódio, outro amor, depende da conveniência. Chega a ser constrangedor.
Cai?
A Rádio Corredor já começa a palpitar sobre a lista de demissões – secretarias e cargos intermediários – para limpar a área ocupada por aliados de Hartung na atual gestão. A contar pelas relações que mantém com Guerino Balestrassi (PSDB), o mais hartunguetes dos hartunguetes, a cabeça da secretária de Meio Ambiente, Diane Rangel, é um dos nomes cogitados. A conferir.
Cai II?
A amizade entre Diane e Balestrassi não é novidade nos meios políticos. Ela foi por muitos anos secretária da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), a convite dele. Dizem que a secretária inclusive acomodou parente na presidência do Bandes, quando o ex-prefeito de Colatina comandou o banco. Nos últimos tempos, porém, Diane tem afirmado, a pessoas próximas, que está rompida com Balestrassi. Sei…
Mau uso
Se os candidatos ao pleito deste ano acham que vão conquistar votos usando as redes sociais para prestar contas do mandato, estão enganados. Mais fácil perdê-los.
Campanha
Candidato a deputado federal, o ex-prefeito de Vila Velha Max Filho (PSDB) intensifica os encontros no Dispensário São Judas Tadeu, na Prainha. Além das reuniões tradicionais que ocorrem sempre às segundas-feiras, reunirá nesta quinta (31), às 19h30, a juventude.
Gentileza?
A Câmara de Vitória recebeu, na sessão dessa terça, visita da vereadora Neidia Maura Pimentel (SDD), presidente eleita para comandar a Câmara da Serra entre 2015 e 2016. Então ‘tá’!
140 toques
“Recebendo Paulo Hartung, amigo de longa data, para o lançamento da campanha”. (Luiz Paulo Vellozo Lucas – PSDB – no Twitter).
PENSAMENTO:
“Se queres abandonar um cargo, faz de modo que teus sucessores não possuam talentos que ultrapassem muito visivelmente os teus”. Cardeal Jules Mazarin