Durante toda essa quarta-feira (6), a classe política capixaba queria ser uma mosquinha para saber o teor da conversa da presidente Dilma Rousseff com o ex-governador Paulo Hartung e o senador Ricardo Ferraço. Dilma tem três palanques a seu dispor no Espírito Santo: o do governador Renato Casagrande (PSB), que se coloca neutro para a disputa; o do senador Magno Malta (PR) e o que é oferecido pelo PMDB, com Ricardo ou com o ex-governador Paulo Hartung.
Embora tenha-se criado uma expectativa muito grande com as sinalizações da cúpula petista sobre as costuras por cima com o PMDB para sair do palanque “neutro” do governador Renato Casagrande, Ricardo Ferraço escondeu o jogo.
Sobre a reunião que durou cerca de duas horas, o senador Ricardo Ferraço afirmou que foram discutidos a retomada das obras do aeroporto, assinatura da ordem de serviço da BR 262, funcionamento da nova plataforma de petróleo, a P 58.
Por favor, senador, para esse tipo de conversa não seria mais lógico chamar o governador do Estado? O que o ex-governador tem com isso? Essa história de que eles se conhecem de longa data não convenceu ninguém. Todo mundo sabe dos homéricos chás de cadeira que Hartung tomou na ante-sala de Dilma quando ele era governador e ela ministra. Essa relação nunca existiu.
Depois do encontro com Dilma, Hartung e Ferraço almoçaram juntos e ficaram duas horas conversando. Conversando sobre agenda administrativa? A coluna duvida. O fato é que há problemas para a costura eleitoral no Estado. Há muita aresta para ser aparada e no momento o melhor é mergulhar.
Fragmentos:
1 – O suplente de deputado federal e diretor do BNDES Guilherme Lacerda divulgou carta de apoio à candidatura de Perly Cipriano à presidente do PT no Espírito Santo, pedindo o voto da militância para o candidato da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB).
2 – “A CNB do ES precisa de ter uma representação à altura de tudo que o nosso Partido já fez em nosso Estado e que, infelizmente, nem sempre é devidamente compreendido”, diz Lacerda na carta de apoio a Perly.
3 – E está aberta na Assembleia Legislativa a temporada de sessões solenes e especiais. Trata-se de um importante instrumento de afago aos futuros cabos eleitorais.