
Com o retorno do deputado estadual Rodrigo Coelho (PDT) à Assembleia Legislativa nesta sexta-feira (2), ganham ainda mais fôlego as movimentações de bastidores para a eleição da Mesa Diretora. Passada a fase inicial de associar a volta do pedetista aos interesses diretos do governador Paulo Hartung (PMDB) em relação ao próximo comandante da Casa, que até segunda ordem foi descartada, o nome que surge nas rodas é do vice-governador César Colnago (PSDB). Coelho estaria sob a proteção de Colnago, já de olho na Assembleia, por motivos óbvios: deve assumir o governo do Estado durante oito meses no período que antecede a eleição de 2018 – considerando a necessidade de desincompatibilização de Hartung para a disputa ao Senado -, além de já ter sido anunciado como o primeiro da fila de sucessão, portanto, candidato palaciano. O plano de Rodrigo corre por fora dos movimentos do atual presidente Theodorico Ferraço (DEM) e do grupo de deputados que pretende evitá-lo e lançar outro nome. Mas, mesmo com esse reforço tucano, não é considerado com força capaz de ameaçar os demais interesses em jogo. Não nesta condição. Uma coisa é a relação de Hartung com a Assembleia, outra é a de Colnago. As mãos têm pesos bem diferentes. Agora se o governador entrar no circuito…
‘Só’ dois
Coincidência ou não, em meio à turbulência das críticas às escoltas feitas por PMs a autoridades, o juiz Carlos Eduardo Lemos apareceu esta semana por ali na área de Curva da Jurema, em Vitória, protagonista de uma cena mais modesta. Visto pela cidade há 13 anos escoltado por um forte aparado, desta vez dispensou o segurança da frente e os dois das bicicletas (um de cada lado). Restaram só os dois que ficam sempre logo trás. Isso mesmo, eram cinco, só na corridinha!
Tempo
A propósito, o projeto que determina o retorno de PMs cedidos a órgãos e escoltas segue sem publicação no Diário do Legislativo. Quase um mês se passou da aprovação na Assembleia. O que emperra, como circula nos bastidores, são exatamente as escoltas ao juiz e ao prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM), que começaram ainda em 2003, por conta da morte do juiz Alexandre Martins. Carlos Eduardo teria à sua disposição e de familiares 20 PMs, enquanto Rodney 14.
Registro
A cerimônia de pré-inauguração da Cabana do Ponto de Memória Centro Cultural Tupinikim “Ka’ arondarapé, nesta sexta-feira (2), na Aldeia de Caieiras Velha, em Aracruz (norte do Estado), contou com a presença do prefeito eleito Jones Cavaglieri (SD). Merece registro, pelo seguinte motivo: os políticos do município são visitantes contumaz da Aracruz Celulose (Fibria), não dos índios.
Compromisso
Em seu discurso, Jones agradeceu sua votação e garantiu tratamento igualitário aos Tupinikim e Guarani em relação às demais comunidades e setores representativos do município. E já saiu de lá com uma demanda: os índios querem contar a história de seu povo aos alunos das escolas. Até hoje, o discurso predominante é o da empresa que, certa vez, só para lembrar, até cartilhas já distribuiu para fazer sua lavagem cerebral.
Caos?
O prefeito de Cachoeiro de Itapemirim (sul do Estado), Carlos Casteglione (PT), não está muito satisfeito com o deputado federal Evair de Melo (PV). O “verde”, que embarca em todas as oportunidades, concedeu uma entrevista ao jornal ES de Fato sobre a motivação do pedido de audiência que teve com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, nessa terça-feira (29). O destaque, adivinha? Cachoeiro no pós-chuvas…
Caos II?
Evair relatou que visitou o município e falou de prejuízos, deslizamentos, desabamentos e ruas alagadas, garantindo que buscaria com o ministro medidas e recursos para melhorar não só a infraestrutura de Cachoeiro, como das demais cidades atingidas. Aí veio a pergunta de Casteglione: “Quantos desalojados e desabrigados houve aqui deputado?? Nessa ‘tragédia’ que V.exa está anunciando??”. Então…
De volta
A ex-deputada federal Iriny Lopes (PT) voltou a compor mesa de debate. Foi na Câmara da Serra, em audiência pública sobre as políticas de cotas raciais e o racismo institucional. Sem mandato, Iriny continua atuante nas redes sociais, mas estava afastada dos holofotes.
Legado
A cultura capixaba perdeu mais uma representante. E que representante! Morreu nesta sexta-feira Tia Mariquinha…de Regência (Linhares), do congo, do Caboclo Bernardo, da cultura popular, do povo. O sepultamento será neste sábado (3), no Cemitério de Regência, às 17 horas.
Nas redes
“(…) a certeza de sua bondade nos conforta. A grandeza de suas obras nos inspira. E a saudade será sempre sua presença sentida!(…) Nunca poupou repreensão ou carinho! Grande Guerreira és. Te perder neste plano é te ganhar em outro! E assim nos sentimos seguros! Seguiremos juntos lutando por um Rio Doce Vivo!”. (Sociólogo Hauley Valim, sobre Tia Mariquinha – no Facebook).
PENSAMENTO:
“Na política é difícil distinguir os homens capazes, dos homens capazes de tudo”. Henri Béraud