Ainda sob o efeito de muita fumaça no campo nacional, os partidos do Estado procuram uma acomodação principalmente para as disputas proporcionais. PP e PPS devem mesmo permanecer na base do governador Renato Casagrande.
A ida de Neucimar Fraga para o PV também favorece essa discussão. Como o governador prega a neutralidade na disputa presidencial, pode favorecer a aproximação com legendas das mais diferentes colorações.
O desafio na proporcional é encontrar uma coligação ou perna que permita a ocupação de um espaço político que ficará reduzido com as mudanças nas composições da Assembleia e da Câmara dos Deputados, um elemento ainda em discussão no Supremo, mas que tende a se confirmar para o próximo ano.
Essa modificação aumentará o cociente ao mesmo tempo em que diminuirá o número de vagas. Quem vai disputar as eleições presidenciais; se o partido de Marina Silva vai se viabilizar até outubro; se Magno Malta vai permanecer no PR e na disputa do próximo ano, e se Paulo Hartung e Renato Casagrande estarão juntos novamente em 2014 são as perguntas que circulam nos meios políticos, dificultando as escolhas.
Os partidos conversam neste momento com um enorme “SE” em suas cabeças. Costuram, fecham até blocos, mas não definem para onde vão caminhar. Tudo depende de muita coisa e uma escolha errada poderá complicar a vida de muita gente, até porque o número de lideranças flutuando sem mandato e com capital eleitoral é grande.
Outro senão a ser considerado é que a revolta popular que tomou o país nos últimos meses pode fazer com que as urnas sofram uma grande influência no próximo ano dos ecos das manifestações. A rejeição à política institucional em vigência no País é grande e a demonização da classe política ganhou proporções nunca vistas.
Quem tentou pegar carona na onda de protestos, como o PSDB, por exemplo, se queimou, basta ver o desempenho do partido na última pesquisa.
A classe política que ficou perdida no período das manifestações, agora também não sabe o que fazer em relação às articulações eleitorais, porque não sabe o que a espera em 2014. Uma coisa todos sabem: não será igual àquela eleição que passou.