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Muita sede ao pote

O secretário de Estado de Esportes, Max da Mata (PDT), já pode ser considerado um recordista. Em pouco mais de dois meses no cargo, consegue desagradar a gregos e troianos. Se a insatisfação se concentrou nos últimos dias entre atletas de diferentes modalidades, em decorrência do resultado do Bolsa Atleta que pretendia contemplar o jogador do Palmeiras Luan Garcia Teixeira (salário de R$ 160 mil) – o que Max insistiu em defender mesmo após a polêmica -, o clima está cada vez mais tenso na Assembleia Legislativa. Na sessão desta terça-feira (9), os deputados Enivaldo dos Anjos (PSD) e José Esmeraldo (PMDB) dispararam contra o secretário. E não foi a primeira vez. Enivaldo, com ironia, falou que os deputados do norte do Estado nem precisam comparecer à Casa nesta quarta-feira (10), para não perder mais uma solenidade de entrega de bolas, chuteiras e camisas realizada por Max no interior, agora em Águia Branca; o segundo, em tom mais duro, cobrou providências do governador Paulo Hartung (PMDB) e do secretário da Casa Civil, Zé Carlinhos. “Assim fica fácil ganhar eleição”, disparou Esmeraldo, tratando como covardia e “malandramente diabólico” o que o secretário tem feito, como marcar esses eventos em horário de sessão, inviabilizando a participação dos parlamentares das bases. “Vai furar o olho de muita gente aqui”, avisou. Max da Mata, de fato, está no comando de uma pasta que há muito tempo serve de trampolim político. O problema é que ele chegou com muita sede ao pote.
Metralhadora
Esmeraldo não parou por aí. Ao governador: “Pessoal aqui tem um medo danado de você, eu não tenho não!”. Ao líder do governo interino, Jamir Malini (PP): “Você, com essa conversa mole, não me engana, não!”.
Marca 
A nomeação do ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo (PSDB) como secretário nacional de Desenvolvimento Urbano no Ministério das Cidades demorou tanto, mas tanto, que ele chega ao cargo “carimbado”. Na divulgação na imprensa do ato publicado nesta terça-feira (9), inevitavelmente, o tucano aparece como “um dos citados na Lava Jato”. Aliás, assim como o próprio ministro, também do PSDB, Bruno Araújo (PE).
Marca II
Luiz Paulo, como se sabe, apareceu nas delações da Odebrecht por supostamente ter recebido R$ 500 mil por caixa dois, nas eleições de 2010 e 2012, enquanto Araújo R$ 600 mil. E houve quem lembrasse, também, da condenação de Luiz Paulo do ano passado que suspendeu seus direitos políticos por oito anos, por ter usado funcionário da prefeitura para trabalhar em sua casa na Ilha do Boi, Vitória.
Numa relax, numa tranquila, numa boa
E Luiz Paulo, está preocupado com tudo isso? Nada, nada. Nesta terça-feira, espalhou a notícia no mercado e para amigos e foi visto almoçando tranquilo, tranquilo em restaurante do Hortomercado, na Enseada do Suá, em Vitória.
Todas as áreas
A rivalidade política na Serra é tão grande que até em aniversário os dois principais atores políticos do município competem. O deputado federal e ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT) fez aniversário nessa segunda-feira (8). Nesta terça-feira (9), foi a vez do prefeito Audifax Barcelos (Rede) soprar as velinhas. 
Só ‘venha nós’
Em recente artigo publicado no site da Assembleia Legislativa, o deputado Gildevan Fernandes (PMDB) comemora a inauguração de uma barragem entre os municípios de Pinheiros – sua principal base – e Boa Esperança. Na Casa, porém, era ele quem vinha fazendo papel de barrar todos os projetos dos “colegas” deputados. 
‘Já vai tarde’
Outro que também servia de barreira intransponível para deputados e servidores era o procurador-geral da Assembleia, Julio Chamun, exonerado nessa segunda-feira (8), depois de mais de dez na função. Para a diretoria do Sindicato dos Servidores (Sindilegis), Chamun “já vai tarde”. 
Legado
A entidade resume o longo período do ex-procurador-geral: “perseguições aos requerimentos da categoria e individuais; processos há anos na gaveta, atos contra a reposição dos 11.98%; tributação do auxílio-alimentação” e etc”. Mais de dez anos de atraso, critica a diretoria.
Cada um por si
Voltando a Gildevan e às barragens, o presidente da Assembleia, Erick Musso (PMDB), parece disposto a deixar a conversa fluir entre os deputados e o governador Paulo Hartung (PMDB). O presidente quer retirar a figura dos atravessadores e cada deputado que cuide de suas demandas com o governador e secretários.
Nas redes
“Só o Governo acha que acertou nesse processo da segurança e está vendendo conceito a outros Estados. E quem comprar estará fadado ao insucesso (…). (Deputado estadual Da Vitória – PDT – no Facebook).
PENSAMENTO:
“Em política, quanto mais ela muda, mais é a mesma coisa”.  Alphonse Karr 

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