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Na era do Rádio

É sabido por todos que nos acompanham, que de vez em quando replicamos neste espaço um artigo que vale a pena ser lido. Este é de autoria de Marcos Guiotti
 
Costumo me perguntar se o futebol é forte no Brasil por causa do rádio ou se o rádio é forte por causa do futebol. Sou um estudioso da história do rádio e, sinceramente, não sei. Os dois surgiram quase na mesma época e se desenvolveram juntos. São duas paixões dos brasileiros. A verdade é que ouvir ou “ver” o jogo pelo rádio e muito emocionante. Não tenho dúvidas de que o rádio de antigamente era melhor. Mas o futebol também era. No início, o rádio era feito com raça. Poucos equipamentos, linhas de baixa qualidade e um pessoal extremamente apaixonado. Um dia, alguém disse que o rádio era uma cachaça, e quem provou dos dois concorda. A televisão ainda nem existia e o rádio já estava lado a lado com os jogadores. Treinos, viagens, jogos. As emissoras viajam com narrador, comentarista, repórteres e técnicos. O ouvinte se sentia como se estivesse à beira do gramado. O tempo passou, os craques do microfone se foram, a tecnologia encurtou distância e a moda é ver o jogo pela TV. Ainda tem aqueles que tiram o som da TV para ouvir o rádio. Hoje, esse velho companheiro do povo sofre com a escassez de anunciantes e de bons profissionais, e a saída é se valer da TV para continuar presente no imaginário popular.
 
Nostalgia. Todas as cidades brasileiras têm saudades do rádio de antigamente. Era mais chiado, mas os talentosos profissionais faziam valer a pena. Belo Horizonte era um celeiro de artistas do microfone. Ainda temos grandes profissionais na cidade sem um microfone para continuar emocionando o ouvinte. Rádio e futebol é uma dobradinha que produziu belíssimas histórias.
 
Resistência. Ainda temos em atividade dois dos grandes nomes da história do rádio esportivo mineiro. O repórter Roberto Abrass, que está nos acréscimos e anunciou a aposentadoria para breve, e o narrador Alberto Rodrigues, que vai esticando a voz por mais um tempinho para ver se não sente saudade desta saborosa cachaça. Profissionais que deram a vida pelo rádio estão em extinção.
 
Tempo. Assim como alguns jogadores perdem a hora de pendurar as chuteiras, no rádio não é muito diferente. Há, ao longo da história, narradores, comentaristas e repórteres que foram até o último suspiro. Alguns chegaram a ficar tão famosos que surfaram na onda do prestígio dos grandes craques.
 
Paixão. O rádio é um veículo de informação local, mesmo que os tempos modernos insistam em globalizar a informação. O mineiro pode se sentir privilegiado por ter, ainda, nos dias de hoje, um legitimo representante do bom e velho rádio. A rádio Itatiaia se consolidou como uma das melhores do país. Conseguiu se modernizar sem perder o “espírito” que transformou o rádio em uma paixão nacional.
 
PARABÓLICAS
 
O velho Sardinha é um dos poucos que tem especialização em transmissores da marca Harris, um dos melhores do mundo
 
Luciana Almeida é articulista da Tavista da Gazeta aos domingos e comentarista na CBN. É filha do Elleisson de Almeida
 
Notícia FM é a rádio de Boa Esperança. Quem falava lá quando sintonizamos era Claudio DJ, gente finíssima.
 
.Hermogenio Volpato, da equipe de esportes Tradição, anda triste com a campanha do Estrela no Capixabão. Reage, Estrela!
 
MENSAGEM FINAL
 
Então Pedro aproximou-se e lhe disse: 'Senhor, quando o meu irmão cometer uma falta a meu respeito, quantas vezes lhe hei de perdoar? Até sete vezes?' Jesus lhe disse: 'Eu não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’. Mateus

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