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No rumo da ambição

O governador Paulo Hartung, ainda no PMDB, deu a entender que estava de malas prontas para o PSDB. Entrou? Não entrou. Alguém cobrou dele? Não. Pelo menos referiu-se a ele? Também não. Ao contrário. Viraram o rosto para não vê-lo operar as fusões partidárias necessárias para que possa permanecer da posse do poder no Espírito Santo.
 
São fusões que ele precisa operar para se apresentar em Brasília como o político da salvação do naufrágio da atual política. Por lá, inclusive, ele já anda mostrando-se, já faz algum tempo, como o governante estadual que abateu a crise que vitimou a maioria dos seus colegas governadores.
 
Está providenciando, agora, a unanimidade política no seu próprio Estado. O orgulho dos capixabas. Daí a fusão, muito embora sua imagem no Espírito Santo ande em queda livre, mas sob o abafamento da chamada imprensa corporativa, que dela ele faz de gato e sapato.
 
Mas,  para que ele possa levar para fora esse perfil “político-solução”, que não enfrenta nenhum problema em seu território, basta a cumplicidade da sua classe política. Sem problema. Pois, com raríssimas exceções, como é o caso  do deputado estadual Sérgio Majeski (PSDB), o restante da classe política segue subjulgada a seus caprichos. Se existem outros, se é que existem, estão na penumbra, sem que se possa ainda enxergar os seus rostos.
 
Nessa hora, em que ele faz uma manobra livre de reparos, aparecem os corneteiros de plantão anunciando mais uma jogada a genial do “governador-modelo”. Longe de ser. E sim  por existir uma classe político, com o rabo entre as pernas, com medo dos poderes aterrorizantes dele.
 
Essa lealdade cega foi adquirida quando PH estabeleceu relações com correntes majoritárias do Judiciário e do Ministério Público estadual.  Forças aliadas com as quais, inclusive, pôde colocar a Assembleia Legislativa de joelhos.
 
Foi capaz até de criar o preconceito gratuito e injustificável a PH. Da seguinte forma: falar mal dele é preconceito de políticos frustrados, dos derrotistas… Por aí vai. Com PH virando um fiador à qualidade do político capixaba fica difícil se levantar contra ele. Raro é o dia em que não apareça um beija-mão no seu gabinete no Palácio Anchieta.
 
O que vai acontecer depois dessa fusão que ele fará sem maiores embaraços? Parte para escalar o time. Decidir quem vai para o governo, para o Senado e etc. Por aí até pode ter problemas. Mas problemas domésticos, convenhamos. É verdade que quem tem um vice como César Colnago (PSDB) na linha com o dedo no interruptor da luz, corre o risco de ver o ambiente escurecer a qualquer momento. PH tem o tucano sempre sob a expectativa de que ele possa lhe aprontar uma boa peça, caso fique de fora do jogo político de 2018.
 
Não diria o mesmo do senador Ricardo Ferraço (PSDB), que segue no meio da estrada procurando o rumo para 2018. Esse, então, PH conhece todos os seus truques e pode prever seus movimentos com certa facilidade. Principalmente quando das suas tentativas de infidelidade: os namoros políticos com o ex-governador Renato Casagrande (PSB) e com o prefeito de Vitória Luciano Rezende (PPS).
 
Quanto ao senador Magno Malta (PR), que jogou-se intempestivamente nos  braços políticos de PH, depois de combatê-lo por um longo tempo, tornou-se um evangélico novo dentro dessa fusão do governador para encontrar um lugar ao sol. Um refúgio seguro que lhe garanta mais oito anos de Senado. Pois  o senador nem sonha em um dia ter que voltar para o seu sertão baiano de onde um dia saiu.
 
É aguardar para conferir se as peças desse complexo xadrez estarão em posição favorável para PH dar mais um xeque-mate em 2018.

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