Definitivamente, o “momento oposição” do deputado estadual Euclério Sampaio (PDT) não está restrito à CPI dos Empenhos, quando não incluiu em seu relatório o ex-governador Renato Casagrande (PSB), contra o interesse do governador Paulo Hartung (PMDB). Na semana de retorno do recesso parlamentar, o deputado vem endurecendo o discurso nesse sentido, com críticas diretas a Hartung. A exemplo do que ocorreu mais uma vez na sessão desta quarta-feira (3), ao falar do projeto de reforma fiscal do governo que estaria prestes a ser enviado ao legislativo. “Espero que não chegue com urgência e no atropelo, porque a Assembleia não pode fazer papel de ‘Casa do Amém”. Euclério lembrou ainda de outras matérias aprovadas pelos deputados a toque de caixa ou “empurrados goela abaixo”, criticou o discurso em defesa da privatização, “sem nenhum debate com a sociedade”, e ainda falou da situação dos auditores fiscais: “Não tem diálogo com o governo, tentei, mas não deu a mínima”. A nova versão do pedetista não é exatamente como antes, pois vem num tom, digamos, mais polido. No entanto, incomoda do mesmo jeito. E até quando pode durar? Vai saber! A imprevisibilidade de Euclério não tem regra. Se já deu nó até em Hartung…
Férias prolongadas
Aliás, lamentável e absurda a falta de quorum na Assembleia. Pior, ainda, motivada pelas articulações eleitorais que estão na reta final. O recesso acabou, gente!
Amigos, ou não
Já na sessão dessa terça-feira, o deputado estadual Enivaldo dos Anjos (PSD) resolveu “eleger” os amigos dos colegas de plenário. Ao ler as indicações do Expediente e citar os respectivos autores, dizia: “fulano (a), amigo de Hartung… “ciclano (a), amigo de Casagrande… aquela futucada típica de Enivaldo.
Casamento
O porta-voz da Rede Gustavo De Biase rodou, rodou, rodou e acabou nos braços do prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS). A fase de leilão eleitoral acabou para ele no dia em que o tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas desistiu da disputa. De Biase articulava para ser vice na chapa do ex-prefeito, na contramão da tendência da Rede de fechar com o PPS. Mas, sem alternativa, restou assumir o “carão” e ciscar para o lado de Luciano.
Confete
O deputado estadual Amaro Neto (SD) será lançado oficialmente candidato a prefeito em Vitória às 19 horas desta quinta-feira (4), na Assembleia Legislativa, com festa e tapete vermelho. Boia de salvação do partido na disputa deste ano, posará para foto ao lado do presidente nacional e regional, deputados federais Paulinho da Força e Carlos Manato.
Expectativa
No dia seguinte, sexta-feira (5), será a vez do deputado federal Lelo Coimbra (PMDB). A pergunta que não quer calar: até lá, o PSDB fica ou sai da composição para aderir ao palanque de Luciano Rezende?
Imposição
Por falar nisso, a reação de lideranças tucanas contra a consolidação da aliança PSDB-PMDB na Capital, imposta ao partido sem debate, expõe mais uma vez a interferência de Hartung no ninho tucano. Como sempre, operada pelo vice-governador César Colnago. Passa ano, entra ano, a história se repete.
Pés pelas mãos
Do advogado André Moreira, candidato a prefeito pelo Psol, no Facebook: “Prefeitinho fraco esse de Vitória, heim?”. Adivinha o tema da crítica? O decreto do Uber, que ainda continua rendendo tiros no pé do prefeito Luciano Rezende (PPS).
Pés pelas mãos II
O candidato do Psol lembra a postura do prefeito desde “láááá” atrás, quando teve início esse debate. “Primeiro, pressionado pelos donos de placas de táxi (que exploram trabalhadores precarizados, como todos nós sabemos) e pelos vereadores que os representam, resolveu vetar o projeto de lei que regulamentava o Uber, para mais tarde voltar atrás e liberar o serviço”. E aí quando liberou… não liberou.
Nas redes
“Hoje, [quarta-feira, 3], na Câmara Federal, participei de ato pela cassação imediata do deputado Eduardo Cunha. Estamos atentos às novas manobras para atrasar mais uma vez a votação pelo plenário”. (Deputado federal Helder Salomão – PT – no Facebook).
PENSAMENTO:
“O descontentamento é o primeiro passo na evolução de um homem ou de uma nação”. Oscar Wilde
