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?? o futuro chegando?

Os deputados estaduais Enivaldo dos Anjos (PSD) e Sérgio Majeski (PSDB) imprimem um novo jeito de atuar em uma Assembleia Legislativa servil, à semelhança das anteriores da Era Paulo Hartung,  a uma nova forma de atuar. Relação direita com a população, em vez de atuarem  na preservação de seus redutos eleitorais  em dependência direta com o governo.

É preciso registrar, justiça seja feita, que nas gestões anteriores de Hartung, o silêncio sepulcral do legislativo estadual foi quebrado pela voz dissonante de Euclério Sampaio (PDT). Mas que com o tempo, livrou-se dessa solidão legislativa passando a integrar o esquadrão subserviente a PH.

A decidir passar para o lado de Hartung, Euclério renunciou uma série de denúncias que ele havia feito contra o atual governador, como, por exemplo, o Posto Fiscal Fantasma, que jogou para o ralo R$ 25 milhões numa obra que nunca saiu do papel. Para torna-se na atual legislatura o principal atirador do governador para cima daqueles que possam pôr em risco o futuro político dele.  

Com certeza, com o êxito  do Enivaldo e do Majeski essa mudança de lado de Euclério Sampaio deve assegurar-lhe uma reeleição mais tranquila, ao contrário dos apertos das duas últimas que foram suadas. Quanto ao prestígio que andou perto de conquistar junto à população, nessa época em que postava-se como oposição a PH, desmoronou com enorme rapidez quando começou a abandonar as críticas que havia feito no passado.

A ansiedade da população em contar com um protagonista de oposição, frustrada com o pedetista, foi preenchida com os desempenhos de Enivaldo e Majeski na atual legislatura, manifesta na admiração que hoje tributam a um e outro.  Dando-lhes condições de serem capazes de voos eleitorais bem mais altos.

Não se trata de ser o novo, mas o que estava faltando à democracia no Espírito Santo, uma  Assembleia que simplesmente exercesse o papel de instituição fiscalizadora do Executivo e demais Poderes.

A classe política, quando mede a receptividade popular de Enivaldo e Majeski, assusta-se com as oportunidades que ambos terão em futuro processos eleitorais. Enivaldo já declarou que vai disputar à prefeitura de Vitória e quer fazê-lo independente, por conta da força do seu mandato. Sozinho e sem nenhum astro (deve estar se referindo ao atual governador e ao ex-Renato Casagrande) em seu palanque.

Quanto a Majeski, ele faz um papel diferente do de Enivaldo, que até açoitou oficiais da PM de alta patente na CPI da Máfia dos Guichos, que comanda. O deputado do PSDB se mostra compromissado com as demandas da população.  Pegou o tema da educação como bandeira e desconstruiu o discurso do governo do Estado, que elegeu o Escola Viva como seu principal projeto para a área social. As críticas de qualidade à política de Educação, fizeram de Majeski uma ameaça a PH.

Sozinho e encurralo pelo governo, o futuro político de Majeski ainda é uma incógnita, mas no ritmo que vem, o tucano pode dar ainda muito trabalho para PH, que se encontra num processo de rebaixamento de popularidade.

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