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O paredão de PH

 

A relação do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) com o governador Renato Casagrande nunca andou mal, como chegou a insinuar um dos jornais corporativos do Estado. Eles têm uma sociedade no governo que já dura dois anos e não há sinais de que a mesma ande prestes a acabar. 
 
Olhando para dentro do governo, constata-se a robustez da participação de Hartung nessa sociedade. Banestes, Bandes, Cesan, e mais gente como Robson Leite, na secretaria de Planejamento. Mais para o fundo, vamos encontrar Henrique Herkenhoff na secretaria de Segurança, Mônica Araújo Saldanha, mulher do presidente da Cesan, Neivaldo Bragato, numa posição estratégica na Secretaria da Fazenda, como também boa presença no Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Esse povo é todo de PH. 
 
Há dúvidas quanto a essa sociedade? Não há. Vai chegar às eleições de 2014? Depende das condições do caminho. No caminho do ex-governador já surgiram casos de altos riscos com os afloramentos de  falcatruas do seu governo, algumas foram seguras, outras  desviadas, mas ainda existem outras  em curso. 
 
Os problemas de PH são, portanto, as minas enterradas pelo seu caminho, embora conte com um aparato de forças empenhado em livrá-lo, construída nos seus oito anos de governo. Principalmente junto ao Ministério Público e o Judiciário.  E sempre contou com a ajuda do governador Renato Casagrande, livrando-o de situações que seriam irreversíveis com outros atores político. 
 
Para blindar-se ainda melhor, ele juntou-se ao presidente da Assembleia, o deputado Theodorico Ferraço (DEM). Incorporou à sua resistência um personagem político que vive há mais de 40 anos incendiando a política capixaba. Acaba de mostrar esse seu dom incendiário na Operação Derrama. 
 
Além do mais, Hartung e Ferração vão compartilhar de arranjos novos, embora incomuns. O ex-governador com seus ardis, estratégia e  manobras, e o Ferração de tocha não mão, a ameaçar a todos. A soma dos dois conta também com a mídia corporativa, da qual o ex-governador inclusive se utilizou para fornecer manchetes ao parceiro. Já Ferração, além dos predicados incendiários, carrega consigo a Assembleia Legislativa. 
 
Pelo visto acima, PH está em guarda, mas o paredão erguido não lhe assegura  futuro político, pois tem pela frente um presidente do Tribunal de Justiça, o desembargador  Pedro Valls Feu Rosa, que diferente dos seus antecessores, do tempo em que era governo, não  se subordinou aos seus desígnios.                  

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