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O PT e os sindicatos

O mês de novembro chegou e com ele o período de negociação da data base da maioria das categorias de trabalhadores aqui do Estado. Mas até agora não se viu qualquer cartaz, panfleto ou outro tipo de informativo sobre o assunto. Os sindicatos estão deixando correr o tempo para negociar lá na frente ou a negociação já está feita à revelia do trabalhador?
 
A CUT foi paralelamente ao surgimento do PT, como uma forma de dar sustentação à política institucional. O partido foi criado com o objetivo de lutar no âmbito da política pelos direitos dos trabalhadores e a CUT para fazer a mediação entre essa política institucional, os trabalhadores e a classe empresarial. 
 
Isso diferenciava o PT das demais siglas criadas no país. Enquanto os partidos voltavam seu foco apenas para o jogo de poder, o PT buscava atender a sociedade. Mas de uns tempos para cá, as coisas mudaram. O PT adotou o pragmatismo extremado, o que o afastou das ruas, da fábrica e da sociedade como um todo. 
 
A CUT foi no mesmo caminho. Em vez de colocar-se como um instrumento de fortalecimento social, passou a discutir apenas as formas de ocupação de espaço de poder. Em vez de buscar melhorias para a classe trabalhadora, senta à mesa com o patrão e faz os acertos, independentemente dos interesses dos trabalhadores. 
 
Em seu início a CUT fazia as intervenções necessárias nas negociações, em favor do trabalhador. Hoje o que se vê é uma política de conchavo. A Central acompanhava de perto as ações de suas regionais, mas será que não está mais vendo o que acontece no Espírito Santo? Ou a nacional está igual, concorda com as ações da CUT/ES?
 
Hoje o PT e a CUT estão por cima. Tem ocupado espaços de poder, tanto em nível nacional quanto no Estado. Mas isso muda. E quando o PT não estiver mais no poder, como será a relação com a base? 
 
O PT precisa de um projeto de governo e político para o Espírito Santo que seja discutido com sua militância. Não dá mais para fazer acordos de direção do partido, de geopolítica sem considerar as demandas da base. A CUT precisa olhar para dentro, ver o tamanho da desidratação que já sofreu e mudar sua postura. Casa vez mais longe da população, vai ser difícil recuperar a base perdida. 

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