Quinta, 25 Abril 2024

Orai e vigiai

Durante os oito anos do governo Paulo Hartung (PMDB), a questão dos direitos humanos foi deixada de lado no rol de prioridades em melhorias, nem mesmo um espaço no secretariado havia para o tema. Apesar das críticas e cobranças da sociedade organizada, essa mácula não atingiu o Palácio Anchieta.



O Brasil se complicou diante da Organização das Nações Unidas (ONU), também por causa das denúncias graves de desrespeito aos direitos humanos, sobretudo dentro dos presídios. Isso aliado a um aumento galopante do índice de violência no Estado.



Infelizmente, essa ausência do Estado tem culpa compartilhada com a visão conservadora da população. Com a máxima de que bandido bom é bandido morto, a população fechou os olhos para o que acontecia dentro dos presídios, já que lá estava a fatia da população com a qual ela não queria conviver.



Além de cruel, essa visão abriu um vão muito conveniente para que um esquema de corrupção se formasse fora do ângulo de visão da população. Presídios foram construídos sem licitação eo governo pagou e ainda paga por uma alimentação cara que não é condizente com o contrato.



Enquanto a sociedade achar que não tem problema a superlotação nos presídios, preso comer comida estragada e a falta de programas de ressocialização, as autoridades que comandam esses setores vão continuar fazendo farra com dinheiro público.



Quando o Estado gasta R$ 9 mil por mês em uma unidade da Acadis  para ressocializar um adolescente e ele não é ressocializado, é porque alguém está embolsando esse valor. Talvez fosse a hora de afastar um pouco a visão emocional, raivosa e racionalizar a coisa.



Não adianta reforçar o cadeado e pedir a Deus proteção, se o sistema que deveria julgar e condenar o preso faz isso de forma capenga. Ou se leva a sério essa questão, ou os presos vão continuar entrando e saindo do sistema carcerário cada vez piores. Enquanto isso, os donos das chaves das masmorras vão continuar enriquecendo às custas do dinheiro da população.



Fragmentos:



1 – A participação do candidato do Psol, Alan Cláudio, surpreendeu no debate dos candidatos a prefeito de Vila Velha. Bem atrás na corrida eleitoral, ele assumiu a posição de franco atirador.



2 – Quem decepcionou foi o candidato do PT, o vereador João Batista Babá. Demonstrando nervosismo, ele não conseguiu fazer o papel de contraponto necessário no debate.



3 – Na questão proporcional, Vila Velha chama a atenção pelo número alto de candidatos com nomes pitorescos: Chica Chiclete, André com Fé, O Bonitão, Beto Cabeludo, Maradona, Zé Boião, Horrível é Nóis etc.

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