Quinta, 25 Abril 2024

Ordem é demonizar Magno Malta

 

Pelo menos dois candidatos fiéis ao ex-governador Paulo Hartung passaram a associar a ligação de seus adversários com o senador Magno Malta (PR) como algo negativo, vergonhoso, aviltante. 
 
O candidato a prefeito de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), foi o primeiro a usar a ligação de Malta com os seus adversários como munição para atacá-los. Luiz Paulo disse que o candidato do PPS à prefeitura de Vitória, Luciano Rezende, estava recebendo o apoio do senador, mas evitava assumir essa ligação.
 
No discurso bem ensaiado por Paulo Hartung, o candidato tucano tenta mostrar ao eleitor que o seu adversário é ligado a um mau político e, por esse motivo, tem receio de colar a sua imagem à do senador.
 
No debate desta quinta-feira (27) entre os candidatos a prefeito de Vila Velha promovido pela Rádio Vitória, o afilhado mais querido de Hartung, o deputado estadual Rodney Miranda (DEM), também usou o mesmo discurso de Luiz Paulo para atacar o candidato do PR, Neucimar Fraga. 
 
Com o texto na ponta da língua, Rodney lembrou que Magno estava no palanque de Neucimar, como se isso fosse motivo de vergonha para o prefeito republicano. 
 
Tanto Luiz Paulo como Rodney apenas soltaram o veneno no ar, mas não deram detalhes do que estavam tentando insinuar. Mesmo porque, não há nada que sustente essas insinuações. Sem argumentos para atacar o senador, eles foram orientados a deixar a provocação solta. A interpretação fica a critério do eleitor que, com as seguidas repetições, passará a acreditar, sem saber exatamente por que motivo, que os candidatos apoiados por Malta devem ser evitados. 
 
Ora, está mais do que evidente que a manobra para demonizar Magno e transformá-lo numa “força do mal” é ideia plantada por Hartung. De olho no campo de 2014, Hartung sabe que Malta é uma enorme pedra no seu caminho, exatamente do tamanho de mais de 1,3 milhão de votos. É por isso que o ex-governador está disposto a fazer de tudo para enfraquecê-lo. 
 
Hartung sabe que Magno Malta é um das raras lideranças políticas de peso no Estado que não se curvou a ele. O histórico do ex-governador mostra que as situações que fogem ao seu controle o incomodam. 
 
A disputa por território entre Hartung e Malta nas eleições municipais confirma que ambos estão com os olhos voltados para 2014. A manobra de Hartung em usar seus escudeiros para atacar Malta é uma constatação insofismável de que o ex-governador identificou um inimigo em potencial que pode atrapalhar o seu projeto político.
 
A trajetória política recente de Hartung mostra que quando isso acontece seus recursos para minar o adversário passam longe da ética. Ou alguém ainda duvida que a ordem para demonizar o senador como uma perigosa “força do mal” não foi dada?

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