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Os coadjuvantes

No centro das atenções para a eleição do próximo ano estão basicamente quatro partidos, PT, PMDB, PSB e PR. O último, pelo afastamento do grupo que mantinha um sistema de unanimidade política no Estado, ensaia um palanque de oposição, tendo a segurança, calcanhar de Aquiles do governo do Estado, como bandeira principal.

Do outro lado está a complicada relação em nível nacional entre PSB e os outros dois partidos, com a possibilidade de o governador de Pernambuco Eduardo Campos lançar candidatura a presidente, o que azedaria a relação com PT e PMDB, que trabalham a reeleição de Dilma Rousseff. Essas movimentações terão reflexos diretos na disputa eleitoral ao governo do Estado e na forma como está baseada a dinâmica política no Espírito Santo na última década.

Por isso, além dos partidos envolvidos diretamente na disputa, há a fundamental participação das forças aliadas, ou dos coadjuvantes. Casagrande foi eleito em 2010 com 15 partidos em sua base, além do PSB. Do outro lado estavam PSDB, com a candidatura de Luiz Paulo Vellozo Lucas, que teve o apoio de PPS, PTB, DEM e PMN. Mas de lá para cá, muita coisa mudou.

PPS e PMN se fundiram criando a MD, que tem como principal liderança o prefeito de Vitória, Luciano Rezende, que já aderiu ao grupo palaciano. O DEM sofreu um grande esvaziamento com a criação do PSD, que também é palaciano, e o PTB perdeu alguns quadros importantes, como o ex-prefeito de Vila Velha Max Filho e o presidente do Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes), Guerino Balestrassi. Ambos, agora, no PSDB. E por falar em tucanos, eles não conseguiram alçar voos muito altos em 2012 e agora têm dificuldades internas e externas para se movimentar rumo a um fortalecimento em 2014.

O grupo palaciano aumentou seu número de aliados com essas adesões, mas também contabiliza perdas. O PR já se desalinhou, e mesmo que perca quadros da disputa proporcional, terá um palanque ao governo do Estado que complica a vida do governador Renato Casagrande. O racha do PSB com PT e PMDB pode quebrar também a trinca no Estado, que é o núcleo do governo. O socialista pode ficar em um palanque e os outros dois partidos em um outro lado, com a candidatura do senador Ricardo Ferraço ao governo, o ex-prefeito de Vitória Jão Coser (PT) como vice, e Paulo Hartung como candidato ao Senado.

Diante das movimentações, fica a dúvida de como vão se posicionar as demais siglas. Se a unanimidade realmente não vingar, como parece ser o cenário mais provável, como vão ficar divididas as lideranças? As opções são: o palanque congestionado do governador Renato Casagrande, com a máquina na mão; o palanque de Hartung que tem o controle da mídia e busca uma retomada ao governo, mas com viés de baixa, ou o palanque conservador, restrito, mas muito popular de Magno Malta. Façam suas apostas.

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