Em 2012, a população da Grande Vitória mudou todos os seus prefeitos. Os que tinham direito a um segundo mandato foram derrotados e os que tentaram fazer sucessores também não tiveram êxito. Os vencedores foram embalados por uma onda de mudança que invadiu o Brasil, impulsionada por eventos sociais mundo afora.
Mas o tempo passou e três anos depois, a impressão é que o que era novo em 2012, será muito velho em 2016. Com todos os prefeitos da Grande Vitória em condições de disputar a reeleição, resta saber como eles vão fazer para mostrar a população que merecem um segundo mandato.
Na cola deles haverá lideranças novatas ou não com muita pedra na mão para arremessar contra a vitrine dos gestores. E esse é um problema a mais. Como a maioria das prefeituras do Estado está com água até o pescoço, vai ser difícil dar aquela alavancada na gestão na reta final, para fazer as famosas obras eleitoreiras.
Daí a peregrinação a Brasília e ao Palácio Anchieta para tentar conseguir algum dinheiro. Os prefeitos precisam entregar obras, dar respostas à população, cumprir promessas de campanha, ou vão ficar mesmo no primeiro mandato.
Também é preciso acompanhar as movimentações em Brasília, já que uma série de mudanças podem acontecer já para a eleição do próximo ano, o que pode deixar o pleito ainda mais confuso. Já se fala em mandato tampão de dois anos, caso haja a unificação dos pleitos em 2018, uma das propostas da reforma política.
Daí prometer fórmulas milagrosas para dois anos de gestão vai ser bem complicado para os prefeitos, que estão enrolados com esses quatro anos que tiveram. De qualquer forma, a eleição de 2016 já foi antecipada, as lideranças se movimentam, e a tendência é de uma disputa dura. Veremos!
Fragmentos:
1 – Tão tradicional quanto a Festa da Penha foi a presença de políticos em meio ao povo. Destaque foi o ex-governador Renato Casagrande (PSB), que participou da romaria noturna. Quem também estava lá era o prefeito Luciano Rezende (PPS).
2 – Ao ver o ex-prefeito de Vila Velha Neucimar Fraga (PSD) na romaria das mulheres, uma romeira comentou com outra: “E cadê o prefeito Rodney Miranda?”. A outra respondeu: “Esse tem medo do povo”.
3 – Enquanto as romeiras chegavam à Prainha, os manifestantes do “Fora Dilma” atravessavam a Terceira Ponte rumo à Praça do Papa. Muita gente dos dois lados da baía de Vitória.