O senador Ricardo Ferraço (PMDB) parece ter o dom de criar polêmica. No final das contas, ele acaba ganhando com a visibilidade que suas manobras trazem para a mídia nacional e local, mas no caminho acaba colecionando uma série de irritações da classe política.
Desta vez, a possível candidatura à presidência do Senado, enfrentando o todo poderoso Renan Calheiros (PMDB-AL), está lhe oferecendo uma vitrine e tanto, mas nos bastidores do Senado o desgaste com a bancada do PMDB é visível. Isso porque, antes de conversar com os peemedebistas Ferraço se reuniu com o ex-presidenciável Aécio Neves (PSDB), que articula uma candidatura de oposição com a ala dissidente do PMDB, da qual Ferraço faz parte.
Recentemente, ao elogiar a cúpula econômica do governo Dilma Rousseff, Ricardo Ferraço irritou seus eleitores e recebeu em sua página no Facebook uma enxurrada de críticas. Teve até que se explicar. Afinal, como o senador apoia uma movimentação do governo federal, tendo sido coordenador da candidatura de Aécio Neves no Estado?
O caso da fuga do senador boliviano Roger Molina agradou a oposição, mas quase causou um incidente diplomático entre Brasil e Bolívia, o que deixou a presidente Dilma Rousseff nada feliz.
Ricardo Ferraço está cuidando de seu futuro. Se vai ganhar ou perder a eleição da presidência do Senado, não importa. Ele observa o cenário local e se movimenta em Brasília, com isso consegue se manter presente na imprensa e na memória do capixaba.
Falta muito ainda para 2018, mas os movimentos do governador Paulo Hartung e as chances de ele ser o sucessor do peemedebista na disputa ao governo do Estado são incertos. Com duas vagas em disputa ao Senado lá na frente e com o senador Magno Malta (PR) em viés de baixa, Ricardo Ferraço cuida para que o passarinho que está na mão não saia voando. Até porque ele não sabe quais os nomes que aparecerão no caminho de sua reeleição.
Fragmentos:
1 – Essa história da lista do Detran continua ecoando nos meios políticos. O aparecimento do nome de um homônimo do deputado federal reeleito Jorge Silva (Pros) na lista pode trazer prejuízos para a imagem do parlamentar.
2 – O secretário-geral do PSL, Paulo Nunes, inicia em fevereiro próximo uma série de encontros municipais com lideranças do partido com o objetivo de realizar o planejamento estratégico para a eleição de 2016.
3 – Para a disputa em Vila Velha, o partido já teria duas opções: o presidente do partido Adriano Rocha e o arquiteto Winker Denner