Quando foi eleito em 2010, o ex-governador Renato Casagrande (PSB) fazia parte da unanimidade em torno de Paulo Hartung (PMDB). Teve em seu palanque tudo que precisava para a disputa. Em 2014, a unanimidade acabou e o mercado político ficou dividido entre duas lideranças. Com a política avassaladora de Hartung, o grupo de Casagrande foi minguando e agora, a sensação é de que ele vai ter muita dificuldade em erguer um palanque forte em 2018.
Casagrande, em tese, é candidato ao governo do Estado. Hartung, em tese, é candidato ao Senado. Nesse sentido, o caminho parece facilitado para Casagrande, mas não é bem assim. A arquitetura complexa do governador para a disputa estadual deixa o mercado político muito instável.
Espertamente, o governador vem aos jornais dizer que tem duas lideranças na agulha, os tucanos César Colnago e Ricardo Ferraço, para sucedê-lo, mas que haveria ainda outros quatro nomes na manga. Isso chama atenção do mercado político para o grupo de Hartung. Todos querem entrar na fila. O que deixa isolado o palanque de Renato Casagrande, que não teria muito a oferecer.
Para piorar a situação do socialista, ele não tem quadros em seu partido para preencher os espaços vazios no palanque. Sem falar que se aproximar de Casagrande significa romper com Hartung e este é um risco para quem tem planos para 2018. Hartung também tem espaços no palanque, mas no caso dele é diferente. É uma questão de escolha.
Embolando ainda mais o meio de campo, existe a possibilidade de a senadora Rose de Freitas (PMDB) também se lançar na disputa de 2018. Muito se fala nos bastidores na ideia de que ela é a uma candidata em potencial ao governo. Mesmo sendo do PMDB, a tendência é de que ela não seja um nome do governador Paulo Hartung, por todas as questões envolvendo os dois ao longo dos anos.
Rose pode ser uma terceira força nesse processo político, interrompendo a polarização entre Casagrande e Hartung, e se colocando como terceira via em um processo eleitoral totalmente diferente do que já se viu na última década e meia no Estado.
Fragmentos:
1 – O prefeito eleito de Marataízes, sul do Estado, Tininho Batista (PRP), está de volta aos microfones da Rádio Litorânea FM. Ele estreia neste sábado (12), a partir das 8 horas, o programa Café com o Prefeito, que contará com entrevistas e notícias do município.
2 – O vereador Ivan Carlini (DEM) tenta emplacar o quinto mandato à frente da Câmara de Vila Velha, mas este ano ele deve ter alguma resistência, diferentemente das gestões anteriores. Ele tem pela frente o vereador eleito e ex-presidente da Casa Heliossandro Mattos (PR), um dos primeiros a declarar apoio à candidatura de Max Filho (PSDB).
3 – Será que agora Carlini assina ficha de filiação no ninho tucano? Quando Neucimar Fraga era prefeito pelo PR, ele foi para o partido, agora está no DEM, do atual prefeito Rodney Miranda.