Terça, 07 Mai 2024

Para que lado vai o PMDB?

 

O resultado do encontro desse fim de semana, do PMDB, pode ser lido como um recado ao governador Renato Casagrande de que eles estão à disposição para atuar em favor da sua reeleição. Oferece o ex-governador Paulo Hartung, como também o senador Ricardo Ferraço como companhia eleitoral.
 
Evidente que no bojo do recado seguiu o desejo do ex-governador Paulo Hartung em vir a ser, como candidato ao Senado, a companhia de Casagrande na majoritária. Já o senador Ricardo Ferraço figurou como candidato a governador, uma espécie de regra três para o governo. Naturalmente no caso de um grande acidente de percurso à reeleição de Casagrande.
 
Pode ser que seja essa realmente a intenção, retribuindo a cobertura que o governador Renato Casagrande vem dando às mazelas do governo de Paulo Hartung. A conta dele para com Casagrande é imensa. Diria mais: impagável.
 
O governador tem entrado em perigo para tirá-lo de situações inteiramente adversas. Como o caso do Sincades, pelo qual o governador vem se expondo para salvar Paulo Hartung da ação de seu governo criando favorecimento fiscal, ao arrepio da lei, lesando prefeituras, Estados vizinhos e até o próprio governo.
 
Na defesa do aliado, o governador não mediu os riscos. Começou defendendo Hartung no caso de Presidente Kennedy, quando saiu em favor da Ferrous. Como também o escabroso caso do Posto Fiscal de Mimoso, cujas obras alegadas, sequer existiram. Evitou até que a Assembleia Legislativa instala-se uma CPI para apurar os desvios do posto fantasma. Sem falar nos deferimentos fiscais em favor de empresas transnacionais e de grupos do Estado.
 
O bastante para convencer meio mundo de que Casagrande será o candidato de PH e do partido dele. Mas tratando-se de quem se trata, há outra leitura que não se deve desconsiderar. Ou seja, quando o PMDB fala que conta com Hartung e Ricardo Ferraço para as eleições de 2014, está indo na direção do PT. Do palanque da Dilma, consequentemente. Tanto usando o senador Ricardo Ferraço como o próprio PH. Ou os dois: um para o governo e outro para o Senado. Com essa fórmula, o PMDB cogitaria em construir uma coligação, contando, de saída, com o PT e construindo um caminho para angariar novos parceiros.
 
É isto que está no mercado política. Tanto está que o PSB, do governador Renato Casagrande, já constrói outro cenário para a candidatura dele ao governo, atraindo MD, PV, PSDC, PTB e PSL. Evidente que essa construção leva em consideração em não poder contar com o PMDB e o PT no caso da candidatura do presidente nacional do PSB, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à presidência da República.
 
As coisas na política capixaba andam por aí. O momento e de fórmulas segundo os cenários que vão surgindo. Contudo, é recomendável prestar atenção nos movimentos de PH, como se presta numa víbora.

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