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Paraísos artificiais

O governador Paulo Hartung (PMDB) e o prefeito Luciano Rezende (PPS), que já foram muito amigos no passado, hoje não podem ser convidados para o mesmo evento, já que não se bicam mais. Mesmo assim, guardam uma incrível semelhança na forma como governam seus espaços. Os dois parecem estar vivendo em um universo paralelo, onde tudo é perfeito e tudo que fazem se torna a melhor coisa do mundo. 
 
Para Hartung, a forma atabalhoada e ditatorial com a qual o governo lidou com a crise da Polícia Militar no início do ano salvou o Brasil, porque evitou que a crise se espalhasse. Hartung realmente acredita que está tudo certo dentro da PM? Será que ele realmente acredita que dos praças aos oficiais não há mais nenhuma revolta e que a PM não é um barril de pólvora prestes a explodir?
 
Será que o governador acredita mesmo que o programa Escola Viva salvou a educação no Espírito Santo? Que o puxadinho em que instalou o Hospital Infantil agradou à população? Que comparar o Estado com o Rio de Janeiro o tempo todo vai lhe garantir uma reeleição? Se o governador está mesmo acreditando nisso, é melhor rever seus conceitos ou pode ficar pelo caminho em 2018. 
 
E o prefeito de Vitória, que segue recorrendo a dados de ranking de revistas para tentar convencer todo mundo que a capital do Espírito Santo é Copenhague. Enquanto isso, esquece uma parte da cidade que sofre com problemas ainda sérios. A saúde e a educação na cidade não são exatamente padrão Copenhague e muita coisa poderia ter sido feita se não houvesse tanta preocupação em convencer as pessoas que tudo foi feito. 
 
Que bom seria se o Espírito Santo de verdade fosse o Espírito Santo em que Hartung vive. Maravilhoso seria viver na Vitória que só existe na cabeça do prefeito da Capital. 

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