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Patriotismo seletivo

Em 02 de outubro de 1917, há exatos cem anos, aproximadamente 10 milhões de camponeses russos se transformaram em soldados e deram todo o apoio necessário ao partido bolchevique. No dia 3, há três momentos históricos a serem recordados. O primeiro aconteceu em 1917, cresce o apoio dos bolcheviques, aumentou o motim contra a guerra. 
 
No Brasil, em 1930, no mesmo dia, deflagrou a revolução tenentista no Rio Grande do Sul e em 1953, Getúlio Vargas decreta a lei 2004, que cria a Petrobras. Mais de 70 anos depois, desse segundo evento, o que têm feito os trabalhadores da Petrobras para proteger esse patrimônio. Veem a empresa ser dilapidada e preparada para a venda, como aconteceu com a Telebras e a Vale do Rio Doce. 
 
O que acontece é que os trabalhadores da empresa hoje, não lutaram por sua criação, não acompanharam esse processo, não passaram pelo regime militar. Receberam o que lhe foi transmitido ao longo dos anos, por isso não criam identidade com a empresa, não conseguem ver nela, um patrimônio a ser defendido, não só pela manutenção dos postos de trabalho, mas como um patrimônio do País. 
 
Muita gente pensa e defende a ideia de que ser patriota é apenas vestir uma camiseta da seleção brasileira e ir para a rua bater panela pedindo mudança, mesmo que isso signifique a perda de direitos adquiridos durante muitos anos e com muita luta. Mas entendem que se a empresa estatal tem problema, a solução é vendê-la e tirar o dinheiro do Estado e entregar ao Capital para que ele a toque. 
 
Isso não é patriotismo, é burrice. A privatização da Telebras não garantiu melhorias na geração de emprego, muito pelo contrário, muitos postos de trabalho foram fechados e o serviço não é lá essa maravilha toda. Na Vale do Rio Doce, cerca de metade da mão de obra foi reduzida. Os exemplos não são nada positivos. 
 
O que chama atenção é que o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) foi quem bancou os recursos para essas privatizações. Então, por que não se usa o recurso dele para recuperar a Petrobras? Além de se há uma investigação sobre quem levou e quanto, que se devolva o dinheiro. 
 
Vender, nunca!

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