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Pressão externa

A semana começou sob os efeitos da divulgação da pesquisa Futura, sobre a corrida eleitoral de 2014 e os ecos dessa pesquisa soaram pelos dias que se seguiram. Embalados pela queda do secretário de Segurança, Henrique Herkenhoff, na sexta-feira (1), os deputados estaduais, ou melhor, os chamados insatisfeitos, bem subsidiados pelos dados da pesquisa em relação à área da Saúde, pediram a cabeça do secretário Tadeu Marino.

Para os meios políticos, o embate nesta área se torna inoportuno para o governo do Estado, que estrilou ao saber da manifestação dos aliados na Assembleia. Casagrande tem demonstrado uma predileção pela Saúde para mostrar ao eleitorado um serviço prestado nas áreas sociais.

Por isso ele acelerou em dois anos uma obra que era promessa do governo passado. Promete entregar nos próximos meses mais um hospital. Diminuiu o ritmo de compra de leitos na iniciativa privada e vem abrindo leitos nos hospitais públicos.

Isso vem irritando alguns interessados em manter o controle dos hospitais particulares e filantrópicos, que são sustentados pelo poder público com a compra de leitos, procedimentos e medicamentos a preço de ouro, negociando a vida como se fosse mercadoria.

Casagrande não é o salvador da pátria da saúde pública do Estado, está longe disso, assim  como Tadeu Marino. Mas jogar na conta deles uma dívida que vem se acumulando por uma política de privatização do serviço público, que se acelerou no governo passado e deixou um passivo a ser pago pelo atual governador, é no mínimo injusto.

No governo passado, a imprensa era proibida – eu disse proibida – de entrar nos corredores dos hospitais. As falhas não tinham o resultado das sindicâncias publicadas e os contratos da Secretaria de Saúde passaram por auditorias.

Os contratos firmados no governo passado chegam ao absurdo, isso sem falar na inobservância da aplicação do mínimo constitucional, que não barraram as contas do governo por uma decisão política de um sistema submisso ao Executivo.

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